quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

UMA SAUDADE INCONTESTE

(Carlos Celso-CARCEL)

Refletindo no passado
lembro-me de coisas belas
convivências como aquelas
com amigos lado a lado
hoje já tudo mudado
hambientes e pessoas
delicio as coisas boas
cultivando na lembrança
o que pra mim foi bonança
tempo de festins e loas.

Criancinhas inocentes
brincávamos sem maldade
época que dá saudade
com posturas diferentes
mesmo já adolescentes
era mútuo o respeito
não se olhava defeito
como se faz hoje em dia
com visível alegria
tudo igual sem preconceito.

Mais tarde a maioridade
já nos leva a deveres
trabalho, escola, afazeres,
obrigações de verdade,
misturando à vaidade
a vida toma outro rumo
mas aqui farei resumo
dentro da reminiscência
do que ficou da vivência
e feliz lembrar costumo.

Recordo-me no primário
da colegagem traquina
alí no bairro do pina
do meu Recife lendário
grande grupo solidário
pois éramos muita gente
pequenina mas contente
onde décadas viví
lá estudei e crescí
hoje guardo em minha mente.

Já crescido, trabalhando
viajei pelo sertão
pois na minha profissão
lugares ia explorando
no meu estado adentrando
Pernambuco no nordeste
lugar de cabra da peste
como falou virgolino
essas coisas denomino
como saudade inconteste.

(24/fevereiro/2010)