terça-feira, 30 de abril de 2013

ANOMALIA (Carlos Celso Uchôa Cavalcante=29/abril/2013)


ANOMALIA

(Carlos Celso Uchôa Cavalcante=29/abril/2013)


Cedinho quando desperto e permaneço no leito
Sinto lá dentro do peito um grande portão aberto
Aos pensamentos me oferto e em alguns me deleito
Mas não concluo proveito tudo aquilo é incerto.

São devaneios que a vida oferece sem cobrar
Fazendo-nos recordar uma trajetória ida
Às vezes quase esquecida na memória a vagar
Insistindo em habitar onde não tem mais guarida.

Levanto-me e atento vou buscar transparecer
Das lembranças esquecer indo de encontro ao vento
Sinto a brisa como alento e assim consigo esquecer.

Finjo estar entretido com afazeres do dia
Mas estando à nostalgia o meu ser submetido
De nada estou esquecido chamo a isso anomalia.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

SONETORANDO (Carlos Celso Uchôa Cavalcante=22/abril/2013)


SONETORANDO

(Carlos Celso Uchôa Cavalcante=223/abril/2013)


Obrigado, meu Deus, por cada instante,
Que concedes de vida ao meu povo!
Quando a noite se vai lá vem de novo
Mais um dia feliz e radiante.

Obrigado, Senhor, pelo alimento,
Pelo lar, a família, a harmonia,
Pela paz que vivemos cada dia!
Essa paz que alivia o sofrimento.

Obrigado, meu Pai, pela tristeza,
Que convertes tão logo em alegria!
Corrigindo a nossa incerteza.

Agradeço por tudo, mas..., também,
Eu te peço, nos dai sabedoria,
Em nome de Jesus, teu filho, amém!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

ROMÂNTICO (Carlos Celso Uchôa Cavalcante=19/abril/2013)


ROMÂNTICO

(Carlos Celso Uchôa Cavalcante=19/abril/2013)


Ainda acho que devemos mandar flores,
Fazer seresta declamando poesia!
Quanta saudade da longínqua boemia,
Vozes românticas de antigos trovadores.

Pequenas praças no interior, eu via,
Onde casais enamorados passeavam
Nas tardes de domingos que encantavam
Em crepúsculo metamórfico do dia.

Nas noites, madrigais, na plácida rua,
Para a musa que assistia da janela
Sob a penumbra romântica da lua.

O bardo declamava para ela
Versos de amor que a mente perpetua
Como se a mente fosse a própria donzela.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

PÁGINA VIRADA (Carlos Celso Uchôa Cavalcante-15/abril/2013)


PÁGINA VIRADA

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante-15/abril/2013)


Sinto-me página lida pelo passado virada,
Só a lembrança, mais nada, é o que restou da vida;
A estrada percorrida na minha árdua jornada
Hoje é configurada como uma ação preterida.

Fui criança, fui rapaz, brinquei de tudo que pude,
Diverti-me amiúde em tudo que fui capaz
Agora tudo isso jaz e nada mais me ilude
Na velhice, a atitude, é só desejar a paz.

Estou velho, tive um mundo que hoje não mais existe,
Isto às vezes me faz triste porque sou dele oriundo
Mas é maior e profundo o recordar que persiste.

Tenho a recordação na minha mente entranhada
De uma vida deleitada num perfil de emoção
O que me dá comoção de ser página virada.

segunda-feira, 8 de abril de 2013


MINHA IRMÃ E EU, CRIANÇAS!

   (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=07/abril/2013)


Recordo quando estivemos
Sob a fronde do umbuzeiro
O sol brilhando altaneiro
Mas tudo mudou, crescemos!

Éramos guris, ainda,
Habitat da inocência
Contemplando a veemência
Da natureza tão linda.

Hoje anciãos que já somos
Você e eu, minha irmã,
Só lembramos o que fomos.

Retroage a emoção
Ao lembrar cada manhã
Da infância no sertão.