segunda-feira, 9 de setembro de 2013

DEIXE-ME CHORAR (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=08/setembro/2013)

DEIXE-ME CHORAR

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=08/setembro/2013)


Deixe-me chorar, buscar meu pranto,
Que lá dentro do ego se esconde
Porque meu sofrimento não responde
À suplica em que eu clamo tanto?

Não posso dispersar uma razão
Desse bloqueio que meu ser contunde
A dor que me tortura se confunde
Com o sentimento do meu coração.

Deixe-me chorar, verter a dor,
Que jorra da pujança de um amor
Que veio o meu ser dilacerar.

Sou fragmento que não tem enxerto
Tornei-me triste, reles, sem conserto,

Portanto, apenas, deixe-me chorar. 

DESPEDIDA (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=29/agosto/2013)

DESPEDIDA

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=29/agosto/2013)


Um coração que envelhecido bate lento,
Talvez casando, fugitivo da cadência,
No esconderijo de um peito em sofrimento
Paira no tempo aguardando a iminência.

Essa que é inevitável realidade
Entre as tantas conjunturas de uma vida
Quando enfim atingimos alta idade
O nosso foco visa a cruel despedida.

Não quero ir, mas terei que ir um dia,
E nessa ida não levarei nostalgia
Porque dali os meus instintos se dissipam.

Talvez, quem sabe? Para aqueles que aqui ficam,
E que da minha convivência abdicam

Fique a saudade que eu deixar naquele dia.

VIVA A INDEPENDÊNCIA (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=26/agosto/2013)

VIVA A INDEPENDÊNCIA

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=26/agosto/2013)


No ano mil e quinhentos
Cabral andou por aqui
Daí sai gritando aos ventos
O Brasil eu descobri
Mas aqui tinha vivência
Desse detalhe me lembro
“VIVA O SETE DE SETEMBRO
DIA DA INDEPENDÊNCIA”

Havia um povo chamado
De indígenas e as clãs
Nosso solo era habitado
E já havia amanhãs
Onde a subsistência
Era livre a cada membro
“VIVA O SETE DE SETEMBRO
DIA DA INDEPENDÊNCIA”

Apoderam-se de tudo
Logo escreve Pero Vaz
Com vocábulo sisudo
Disse a terra é eficaz
Tudo dá com aquiescência
De janeiro até dezembro
“VIVA O SETE DE SETEMBRO
DIA DA INDEPENDÊNCIA”

Vendo Dom Pedro primeiro
Ser o nosso solo rico
Dia nove de janeiro
Proclamou dia do fico
Simbolizando eminência
Pensou até plantar cembro
“VIVA O SETE DE SETEMBRO
DIA DA INDEPENDÊNCIA”

Não respeitou a coroa
Que reinava Portugal
Ficou aqui numa boa
Tomou decisão final
Declarou-se a excelência
Imperador em dezembro
“VIVA O SETE DE SETEMBRO
DIA DA INDEPENDÊNCIA”

Tudo isso se promove
Da chegada bem depois
Foi no século dezenove
Já no ano vinte e dois
Houve muita incoerência
Que li e já não relembro
“VIVA O SETE DE SETEMBRO
DIA DA INDEPENDÊNCIA”

Se foi ruim no passado
Eu não sei, mas sem detalhe,
Hoje tudo está mudado
E por mais que se trabalhe
De uma enorme indecência
Sem querer te fazes membro
“VIVA O SETE DE SETEMBRO
DIA DA INDEPENDÊNCIA”

Somos hoje independentes
Apenas de Portugal
Porém vivemos contentes
Tem futebol, carnaval,
Quando sinto uma carência
De coisas boas me lembro
“VIVA O SETE DE SETEMBRO
DIA DA INDEPENDÊNCIA”



               (Uma modesta homenagem ao meu Brasil varonil com o mote: “VIVA O SETE DE SETEMBRO – DIA DA INDEPENDÊNCIA, quem quiser participar, com sua glosa, sinta-se à vontade)

domingo, 8 de setembro de 2013

SAUDADE DE PERNAMBUCO (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=02/setembro/2013)

SAUDADE DE PERNAMBUCO

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=02/setembro/2013)


Pernambuco, meu estado, terra onde eu nasci,
Hoje distante de ti me sinto assim desolado
A recordar um passado que feliz aí vivi
Longe jamais esqueci, tenho em mim tudo guardado.

Pernambuco minha terra, meu grande berço natal,
É a tua capital, onde a natura não erra,
A beleza não se encerra, ali começa um aval,
Mostrando teu litoral e lá no sertão a serra.

Pernambuco do xaxado, xote, polca e baião,
De um carnaval emoção na rua o frevo rasgado,
Seu povo sempre animado, seu folclore em profusão.

Pernambuco de poetas, seresteiros, trovadores,
Desenhistas e doutores das artes mais prediletas,

Das minhas ações seletas, minha vida, meus amores.