domingo, 25 de setembro de 2011

FESTA NA NATUREZA

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (23/setembro/2011)

Anoiteceu, brilha a lua
e cintilantes estrelas,
daqui nós podemos vê-las
a iluminar a rua.

Noite passa, chega o dia,
eis que vem surgindo o sol,
na beleza do arrebol
prenúncio de alegria.

Com a primavera vindo,
a natureza sorrindo
desabrocha seus amores.

Aves, animais, floresta,
cascata, uma grande festa
ornada por muitas flores.

domingo, 18 de setembro de 2011

A PRIMAVERA

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (18/setembro/2011)

Num ziguezaguear, em tantas cores,
aéreo, exibindo siluetas
adornam o jardim as borboletas
a confundir-se com as diversas flores.

Misturam-se a elas colibris
no nectário que lhes oferecem,
das árvores, com seu canto enaltecem
felizes, a natura, os bem-te-vis.

A luminosidade do sol morno,
suave brisa, todo esse adorno
traduzem mil instantes de quimera.

Aos olhos tudo isso é um encanto
ao ego mais parece um acalanto
a embalar-nos, é a primavera.

sábado, 10 de setembro de 2011

C Ó P U L A

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (10/setembro/2011)

Pecaminosamente chamegava
sobre teu corpo, de maneira astuta,
meu corpo, a buscar pequena gruta
onde o meu desejo penetrava.

O teu sussurro, teu entusiasmo
pactuando a minha loucura,
entre as paredes, sem ter compostura
fazia navegarmos no orgasmo.

Uma fogueira de paixão ardia
naquela nossa doce agonia
onde as vozes já se embargavam.

Nada mais víamos, olhar sereno,
o mundo se tornara tão pequeno
naquele instante em que os dois gozavam.

domingo, 4 de setembro de 2011

DEIXE!...

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (04/setembro/2011)

Deixe!...
que seus cabelos entrelacem os meus dedos,
que nossas bocas se acoplem sufocantes,
que nossos corpos se grudem causticantes,
deuxe que fujam de nós os nossos medos.

Deixe!...
que minhas mãos deslizem nos seus seios
que exuberantes eu possa sentí-los
que sutilmente eu toque seus mamilos,
deixe que frum em nós, todos, anseios.

Deixe!...
que minhas mãos tateiem sua cintura
que os belos côncavos traduzam a vontade
que em você, em mim, o ser invade,
deixe o prazer sanar essa loucura.

Deixe!...
que se aprofunde nossa intimidade
que na volúpia da introdução
que queime mais e mais essa paixão,
deixe que o amor consagre essa vontade.

Deixe!...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

MÚTUO DESEJO

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (02/setembro/2011)

Há tanto tempo eu a desejei,
sem perceber, ela também à mim;
um dia encontrando-a num jardim
colhendo flores, lhe cumprimentei.

Como em mágica nasce um lampejo
dali, saimos, para uma alcova
onde pudemos colocar à prova
nús, abraçados, mútuo desejo.

Introduzindo-me no corpo anexo
sentia o derrame do seu sexo
a misturar-se ao esperma meu.

Com muito amor vivemos nosso coito,
você afoita, também eu afoito,
e um desejo antigo aconteceu.