sexta-feira, 30 de abril de 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

SERTÂNIA

(Acróstico)

Sertaneja sedutora
Exuberante menina
Risonha como criança
Terna e acolhedora
Âmago tens que fascina
Não posso me reprimir
Indo algum dia partir
A levarei na lembrança.

(Setembro/2003)

SERTÂNIA, MEU AMOR

Carlos Celso-CARCEL

Me fui mas aqui deixei meu ser,
minha matéria que vagueia às voltas
quer liberdade, quer viver às soltas,
eu quero o meu direito de viver.

Então, se amo a tí, porque negar?
o amor é lindo e é tão sublime,
pra mim isto seria como um crime
não ter amor por tí que é meu lugar.

Esta paixão que me bagunça o peito
me faz sentir por tí maior respeito
e defender-te onde quer que esteja.

Minha Sertânia tão sofrida e forte,
quero beijar-te quando um dia a morte
vir impedir esta paixão sobeja.

PRECE PRA MAMÃE

Carlos Celso-CARCEL

Quando menino, me recordo como ôntem
dos teus afagos e carinhos que ganhei.
Doce mamãe, fase mais linda desta vida.
Momentos ternos que jamais esquecerei.
Hoje, mamãe, teu filho já crescido
a contemplar tua beleza que é tanta,
pra tí, mamãe, não deixei de ser menino.
Pra mim, também, tú não deixastes de ser santa.

Vejo em teu rosto o semblante de Maria
que em um dia concebeu ao bom Jesús,
sobre essa tua cabecinha prateada
a divindade jogue sempre sua luz.
Ouve, mamãe, a prece deste filho teu
cheio de orgulho e no peito amor profundo;
Onipotente Deus do céu abençoai
minha mamãe e todas as mamães do mundo.

PÓS-VIDA À FAMÍLIA

Carlos Celso-CARCEL

Meu pai e minha mãe deram-me vida
e a viví de forma espontânea,
até que de maneira instantânea
veio um dia a eterna despedida.

Me fui, já sem vida nada sinto,
mas quando aqui estive lhes amei,
a extensão do amor por mim não sei,
porém, o que sentí foi absinto.

Esposa, filhos, netos que ficaram,
foram vocês que tanto sustentaram
meu coração transbordante de amor.

Tinha que ir-me, fui, já não existo,
quando em vida, já saudoso, escreví isto,
simples soneto que me foi consolador.

(19/junho/1995)

PRISCILA RAQUEL

(Acróstico)

Pequena Deusa do nosso paraíso
Rainha do amor sem monarquia
Inspiração que nos concede o riso
Sinceridade que dá alegria
Chama de vida fluorescente e pura
Imagem viva que traduz candura
Leveza de carinho que se murmura
Assim és tú, netinha, todo dia.

Riso infantil te faz feliz, altiva
Ainda és criança, mas quem dera
Quisera, Deus fazer definitiva
Uma atmosférica quimera
Essa pureza meiga e sorridente
Linda, netinha, seja eternamente.

ME ABANDONASTES

Carlos Celso-CARCEL

Fui para casa, triste, desolado;
jamais pensei viesse acontecer
em um momento belo abandonado,
pela mulher que amo, fosse ser;
eram palavras lindas que eu dizia
ou pelo menos eu tentei dizer,
mas ela poucas delas respondia.

Foi de repente, eu nem percebí,
inesperadamente ela saiu,
um simples adeus eu não ouví,
só mesmo pressentí que ela sumiu
sem dizer nada, sem dizer pra onde,
desde a hora em que ela partiu
minha tristeza de ninguém se esconde.

Porque fizestes isto? te pergunto
e mesmo não estando a me ouvir
farei, para que saibas, adjunto
meu desalento a este teu partir;
sumistes de maneira inesperada
sem me deixar um sonho de porvir
mas continúas sendo minha amada.

Qual um torpedo que a nau atinge
tua partida atingiu meu ego
que indefeso ao amor se restringe
quando dolente ao sofrer me apego
com esperanças que não seja tarde
ao devaneio aqui me entrego
com a ferida que no peito arde.

Mesmo que tombe, até desfaleça,
sei não é fácil apagar a chama
de um coração enfermo que padeça
em consequência de perder quem ama;
persistirei nesta vontade infinda
alimentando o que meu ser reclama
vê-la de novo, a voltar ainda.

Que tua volta seja espontânea
não vou querer de mim se compadeça
nem mesmo em atitude instantânea
assim prefiro que nem apareça
pois o amor que sinto deprimente
me faz querer, nem mesmo que eu faleça
somente o teu se for sinceramente.

Assim, meu grande amor, tua partida
inesperada sem dizer adeus
abriu também em mim esta ferida
que inflamou os sentimentos meus,
que me deixou à mercê do desdém
que me humilhou com os caprichos teus
por desejar que me ames também.

(14/julho/2007)

O AMOR QUE SINTO

Carlos Celso-CARCEL

Eu sei que te amar não é direito,
pois, teu amor já tem direito escrito,
porém, a badalar sinto no peito
o proclamar deste amor restrito.

Que faço eu? se não consigo impor
ao coração limites de esperança,
então, permito, sinta muito amor
e faça do sofrer uma bonança.

Acho, jamais terei o teu amplexo
mas não é isto que me trará complexo,
eu permaneço a te amar deveras.

Quisera proceder telepatia,
fazer que sintas, nem que seja um dia,
este amor que é puro e não quimeras.

NADIR

(Acróstico)

Nada me fará abdicar
A esperança que meu peito frui
Desejo sem bloqueios encontrar
Isto que meu coração instrui
Retê-la e para sempre te amar.

(12/junho/2007)

MARILDA

(Acróstico)

Moça bonita que nasceu nas Minas
Anjo cadente do céu para a terra
Resplandecência entre as meninas
Imagem cândida que a beleza encerra
Luzidio vindo de constelação
Dádiva viva que provoca guerra
Almejo de um carente coração.

(27/julho/2007)

DINNORAH PANIZET

(Acróstico)

Dádiva viva da natureza
Imagem de mulher, meiga, sublime
Nato semblante da real beleza
Néctar da flor que o amor exprime
Odoração de feminina essência
Racional poder da sedução
Aura suave cuja abrangência
Homogeneiza sua perfeição.

Perfil de uma candura singular
Autentica este encanto teu
Nada jamais virá a ofuscar
Isto de belo que a natura deu
Zéfiros hão de te soprar enfim
E a formosura tua conservar
Tu és, menina, tudo isto sim.

(11/julho/2007)

NOSTALGIA

Carlos Celso-CARCEL

Minha casa é uma casa modesta
numa vila onde há outras casas,
madrugada, escuto as asas
a baterem e os cantos em festa.

São as aves das casas vizinhas
que felizes despertam de novo,
eu não posso saber se o povo
passam horas assim como as minhas.

Acordado, sozinho, sem sono
eu me sinto em total abandono
pela noite a dentro até dia.

Pensamento firmado na vida
a lembrar-me da mulher querida
nesta plena e total nostalgia.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

QUAL UMA FLOR

Carlos Celso-CARCEL

Antes que se vá a primavera
contempla, rega, cultiva essas flores
te divorcia desses dissabores
faz que teu ego sinta que prospera.

As tantas flores, hoje, que teus olhos,
atapetando, vêem teu jardim
que seja dália, rosa ou jasmim
elas nasceram de sutís abrolhos.

Também camélias, cravos, lá nasceram
exuberantes, mesmo assim morreram,
nas primaveras já surgiram tantas!

Da natureza tú brotastes bela
és uma flor, também, mas não aquela
que a gente vê brotar entre as plantas.

(08/04/2010)