sábado, 23 de julho de 2011

BORBOLETA COR DE ROSA

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (acróstico) 23/julho/2011

B ailarinas flutuantes pareciam;
O colorido a formar um véu
R efletindo como estrelas que do céu
B rilhavam na cadência em que desciam;
O panorama que ofereciam
L egionárias em ação ditosa
E ntre elas, todas elas, mais formosa
T inha o poder que minhas vistas viam
A sedutora e linda cor de rosa.

C ores diversas em exuberância
O nde extasiado ouví sonância
R eproduzida em imaginação

D evaneios, só beleza, sem festim
E ntre as tantas, não sei quantas, que voavam

R itual em que as cores desfilavam
O nde várias borboletas se mostravam
S ensitivo pasmei na mais formosa
A brilhante borboleta cor de rosa.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

AS PÉTALAS DAS ROSAS QUE TE DEI

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (17/julho/2011)

As pétalas das rosas que te dei
achei...
jogadas ao relento
sem perfume;

Queixume!

Ouvi do meu coração
intensamente o brado
a comoção
a corroer seus vasos
exterminando
a consistência abalada do meu ser
sofrer...
foi o meu prêmio por te amar demais!
quais,
quais os motivos que te dei pra isso?
omisso
fizeste o amor que almejei!
não sei,
não sei, porque até as rosas destruistes,
partistes!
pra onde fostes ignoro,
se eu choro!
é de tristeza
quando antes não chorei;
achei...
tristes e murchas
causando-me sofrimento
jogadas ao relento
moribundas
imundas
as pétalas das rosas que te dei.

sábado, 16 de julho de 2011

MULHER FATAL

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (16/julho/2011)

Um monumento a caminhar na praia,
ali na orla, cuja faceirice
sobrepujava tudo que é meiguice
quando desnuda-se da mini-saia.

Busto esbelto a exibir os seios,
cintura fina qual de um violão,
anca robusta, glúteo, profusão,
biquini pequenino, meus anseios.

Coxas roliças, pernas torneadas,
corpo excitante, em sutís passadas
pés delicados, ser monumental.

Sob o sol morno, mas a brisa fria
beijava sua tez com alegria
naquele encanto de mulher fatal.

terça-feira, 12 de julho de 2011

FRÁGIL PUJANÇA

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (12/julho/2011)

Como queria encontrar um canto
onde pudesse derramar meu pranto!
no entanto...
sou obrigado a me expor ao mundo.

Ao fundo
na vastidão que embeleza as vistas
eu vejo ou escuto os artistas,
da mãe natura, mostrar os talentos.

Momentos...

Quando ao longe ouço os bem-te-vis
bem perto observo os colibris
a derramar amor sobre florais
nos campos, também, vejo animais
a saltitar em clima de alegria
daí quando retomo a nostalgia
dos tempos idos que não voltam mais.

Meus ais
são embargados lá dentro da alma
obrigando-me a uma falsa calma
que não possuo e que me tortura.

Só amargura
ao ver o mundo em cruel mudança
distante de um fio de esperança
onde a mentira serve de acalanto
deixem meu pranto!
quando um dia não mais suportar,
tudo que ainda haja inundar
e afogar meu resto de pujança.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

VOLÚPIA

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (11/julho/2011)

Os nossos corpos nus enlouquecidos
pelo desejo ardente de amar
orgasmo insistente a derramar
sob a cadência dos nossos gemidos.

Mais atrevidos nossos pensamentos
naquele instante reunia tudo
nossos sussurros num espaço mudo
fazia um só todos os momentos.

Os sentimentos que se mutuavam
os nossos corpos que ali se entregavam
à volúpia febril em nosso ninho.

Fez que, jamais, eu possa esquecer
instantes que me fez entorpecer
inerte pelo excesso de carinho.