segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

TRAZ CONTIGO, ANO NOVO ! - Carlos Celso Uchoa Cavalcante


TRAZ CONTIGO, ANO NOVO !

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante-31/dezembro/2012)

Traz contigo, ano novo, paz, amor, prosperidade,
Sobre a humanidade derrama bênçãos trazidas
Ilumina nossas vidas com divina claridade
Vindas da eternidade, do Deus das causas perdidas.

                             Traz contigo, ano novo, o dom do entendimento,
                             Para que o sofrimento causado pelo insensato
                             Seja banido de fato e possamos ter alento
                             E também ver alimento sobejar em nosso prato.

Traz contigo, ano novo, harmonia para os lares,
Sintonias estelares alumiando os entes
Interagindo contentes em solidária doçura.

                            Traz contigo, ano novo, os princípios singulares,
                            Das ações preliminares que nos façam eminentes
                            Em posições consistentes emanar nossa candura

LEVA CONTIGO, ANO VELHO ! - Carlos Celso Uchoa Cavalcante


LEVA CONTIGO, ANO VELHO!

(Calos Celso Uchoa Cavalcante-30/dez./2012)

Leva contigo, ano velho, as tristezas,
Para que venha, o ano novo, com alegrias,
A paz que falta, ha muito tempo, em nossos dias,
O pão que falta, neste mundo, em tantas mesas.

                                     Leva contigo, ano velho, a insegurança,
                                     A impunidade que trucida nosso povo
                                     Para que possa se fazer viva de novo
                                     No ano novo, em nosso ego, a esperança.

Leva contigo, ano velho, a incompetência,
De todo aquele dono de uma sapiência
Que só aplica em prol dos benefícios seus.

                                     Leva contigo, ano velho, esse lamento,
                                     Que nos meus versos te expressa sofrimento
                                     E se puderes, conta tudo para Deus!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

CARTA EM VERSOS (Carlos Celso Uchoa Cavalcante-21/dez/2012)


               CARTA EM VERSOS

                             Carlos Celso Uchoa Cavalcante
                                       (21/dezembro/2012)

Os olhos com os quais te vejo
São olhos apaixonados
Olhos que enamorados
Faz despertar meu desejo
Ainda emana lampejo
Apesar da minha idade
Levarei essa vontade
Até meu último arquejo.

                             Uma vontade infinita
                             Desde os primórdios da vida
                             Hoje bastante crescida
                             Que me levar à desdita
                             Vendo-te assim mais bonita
                             Ao passar de cada ano
                             Não aceito o desengano
                             Pois, por ti, meu peito grita.

Vivíamos lado a lado
Éramos adolescentes
Na época inocentes
Porque hoje está mudado
Nunca fui teu namorado
Mas o desejo era forte
E te juro até a morte
Serei teu apaixonado.

                              Não sei se por inocência
                              Não sabias que te amava
                              Ou se até repudiava
                              A deprimente carência
                              Que marcou minha existência
                              Por esses anos na vida
                              Inflamando essa ferida
                              De um peito em dependência.

Talvez hoje seja tarde
Para a minha confissão
Mas não para um coração
Cujo dono foi covarde
Se sujeitando ao alarde
De uma vida corriqueira
Incendiando a fogueira
Que de amor no peito arde.

                                Antes que daqui eu parta
                                Se não sabes te confesso
                                Que na vida meu excesso
                                Foi essa paixão tão farta
                                De um regime qual Esparta
                                Comparando os tons perversos
                                Das dores que nos meus versos
                                Deixar-te-ei como carta.



domingo, 4 de novembro de 2012

SETENTA (acróstico) Carlos Celso Uchôa Cavalcante


SETENTA
(ACRÓSTICO)

Carlos Celso Uchôa Cavalcante
(04/Nov./2012-dia do meu aniversário)


          S ão sete décadas já completadas
          E m meu caminho ao desconhecido
          T rago na mente um passado ido
          E m tantas variantes caminhadas
          N ostálgicos, meus dias, mas ufanos,
          T rago no ego, vivas, tatuadas,
          A s boas vindas dos setenta anos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

AO MEU FILHO ÁLVARO (Carlos Celso Uchôa Cavalcante)


AO MEU FILHO ÁLVARO

                                     (15/outubro/2012)

Não sei quando morrer! Quem dera... Deus,
Viesse acrescentar aos dias meus,
Mais dias, prolongando minha vida!
Fizesse bem longínqua a despedida
Deixando que eu possa perceber,
Não mais ser infantil, te ver crescer,
Ser um adolescente, ser adulto,
O teu enlace me mostrar o fruto
Do germinar até o florescer!

Não sei quando morrer! Mas Deus o sabe,
Deus também ver que já em mim nem cabe
O meu desejo que cresce contigo,
Não só teu pai, também sou teu amigo,
E essas qualidades me consomem
Quero abraçar-te, adulto, já um homem,
Não só meu filho, mas marido, também pai,
E saibas! Que o desejo não se esvai:
A minha herança, de amor, quero que tomem.

(Carlos Celso Uchôa Cavalcante)


terça-feira, 25 de setembro de 2012

DESCASO (Carlos Celso Uchôa Cavalcante-24/set./2912)


           DESCASO

               (Carlos Celso Uchoa Cavalcante)
                                  24/set/2012

As amarras que me prendem
Não são algemas, nem laços;
Eu sinto soltos meus braços
Que de nada se defendem.

São Amarras abstratas
Impostas pelos poderes
Cobrando só meus deveres
De formas tão insensatas.

Trabalhei desde criança
Alimentando esperança
Num futuro de progresso!

Envelheci, com tristeza,
Hoje eu amargo incerteza
Dos deveres de um congresso.


sábado, 28 de julho de 2012

NO DIA DOS PAIS (Carlos Celso Uchôa Cavalcante-28/julho/2012


NO DIA DOS PAIS
 
                   (Carlos Celso Uchoa Cavalcante-28/julho/2012)

Somente bons exemplos tu mostravas
Mesclados de bondade e carinho
Jamais na vida me senti sozinho
Pois onde eu estivesse tu estavas.

Além de pai tu eras um amigo
Herói das minhas tantas fantasias
Reduto imensurável de alegrias
A minha segurança, o meu abrigo.

Contemplo hoje os teus cabelos brancos
Rugas marcantes de um tempo ido
E ambos, rimos um ao outro, francos.

Quero abraçar-te em plena alegria
Beijar-te a face, meu papai querido,
E homenagear-te no teu dia!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

CARICATURAS (Carlos Celso Uchoa Cavalcante-11/julho/2012)


CARICATURAS

                      Carlos Celso Uchoa Cavalcante
                                    (11/julho/2012)

Estudei pouco! Hoje já é tarde;
Não me incomoda ser chamado inculto,
Não tomo essa palavra por insulto,
Sou homem simples e não tenho alarde!

Nos tempos idos estudei gramática
Uma matéria que me aprazia
História e também geografia,
Só não gostei da tal da matemática.

Trabalhei cedo, ainda criança,
Mas fui feliz, tive um universo,
Na humildade, com perseverança.

Assim vivi, mas antes da partida,
Quero fazer em meu tão simples verso,
Caricaturas dessa longa vida.



terça-feira, 10 de julho de 2012

ESCAPISMO (Carlos Celso Uchôa Cavalcante-10/julho/2012)

ESCAPISMO

Carlos Celso Uchoa Cavalcante
(10/julho/2012)

Qual borboleta fraca, ofegante, presa às pedras que em mim atirastes, 
Contabilizo o quanto humilhastes e subtraio o desconfortante;
Momentos, de um passado humilhante, eu deixo aí onde ficastes,
Com as lembranças que de mim guardastes e abraço minha fuga itinerante.

Quantos degraus serão para galgar? Sei que são muitos, mas, desvencilhado,
De todas as amarras do passado, eu poderei tranquilo caminhar,
Não obstante, até mesmo voar, literalmente num desejo alçado,
Buscando o horizonte almejado, onde há felicidade a esperar.

Sinto nascer de novo no meu ego a força exuberante do desejo
Nos olhos novamente o lampejo desfaz a condição de quase cego
No mundo diferente a que me entrego florais aves cantantes, é o que vejo.

Livre das pedras que me machucaram alço meu voo onde quer que vá
Que o passado esteja onde está com os momentos rudes que ficaram
Enquanto sobre as flores que brotaram, livre e feliz paire o panapaná.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

ISABELA (acróstico)

                              (Por ocasião do 5º aniversário da minha netinha ISABELA ATÊNCIO CAVALCANTE)




I dade singular da inocência
S implicidade de um mundo infantil
A lçando voo numa sutil eminência
B uscando o seu espaço juvenil
E m mais um marco da vida, o calendário
L embra inconteste, com ar primaveril,
A data do seu quinto aniversário. 




                                 (parabens, linda! feliz aniversário)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

SONHAR ACORDADO 


                       Carlos Celso Uchôa Cavalcante
                                   18/maio/2012




Desperto ao alvorecer, abro a janela do quarto,
vejo um horizonte farto, vejo as plantas florescer
pequenos brotos crescer; dali em meu sonho parto
e assim nada descarto, dos sonhos que posso ter!


Um cotidiano rude, cheio de dias medonhos
não irá frustrar meus sonhos, nem mudar minha atitude;
o sonhar não me ilude, mostra-me dias risonhos,
então fujo dos tristonhos; pra que em mim nada mude!


Tenho muitos devaneios, mas meu sonhar acordado
é que me deixa empolgado, a buscar os meus anseios
na vida, em seus entremeios, no que me é facultado.


Chega a noite, vai-se o dia, brilha a luz do luar,
vou dormir, pra despertar, amanhã com alegria,
a ouvir a sinfonia da passarada a cantar.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

NOSSA DESDITA

                          Carlos Celso Uchoa Cavalcante
                                      (08/abril/2012)


Abortamos, os dois, nossas idéias,
deflagramos no tempo as epopéias,
a infância que adultos nós vivemos;
crescemos?...

Devaneios se foram, nós ficamos
à mercê do holocausto, aqui estamos
contemplando o ruir de um castelo...
tão belo!

O amor que outrora nos uniu
foi se fragilizando, sucumbiu,
só ficaram lembranças de um passado
alado.

A reciprocidade afugentada
pela desunião desenfreada
assistiu a um mundo que inundou
findou...

E agora? vivemos lado a lado
sem amor; sem amar, sem ser amado
a mirar-se no espelho da desdita
maldita!

terça-feira, 27 de março de 2012

V I D A

Carlos Celso Uchoa Cavalcante
(04/fevereiro/2012)

Suavemente caía o orvalho
na transição da noite para o dia
a passarada festejava com euforia
nas árvores, a saltar de galho em galho.

Breve silêncio, de repente tons sutís
a misturar-se ao frescor da tênue brisa
a sinfonia; vez em quando bem concisa
a nota aguda na emissão dos bem-te-vís.

O sol distante, parecendo estar bem perto
chega aos poucos, lindo esplendor aberto
vai despedindo o fascínio da aurora.

É... mais um dia, que repleto de beleza
exuberante exaltando a natureza
mostra a ênfase que da vida aflora.

sábado, 24 de março de 2012

MARTA VALÉRIA (Acróstico)

(Por ocasião do aniversário da
minha filha, em 13 se abril)

M inha criança serás eternamente
A derramar em mim essa alegria!
R ecordo-me, feliz, naquele dia
T eu nascimento que me fez contente
A consagrar em mim a euforia.

V í o clarão que até hoje brilha
A iluminar esse teu rosto lindo!
L evo comigo nos anos que estão indo;
É s ascensão da grande maravilha
R esplandecente, qual um estuário,
I sto eu vejo em teu aniversário
A cada treze de abril, querida filha.


(Carlos Celso Uchôa Cavalcante-21/março/2012)
Feliz aniversário, filha!

sábado, 17 de março de 2012

T R A U M A

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (17/março/2012)

Madrugada!... levanto-me, assustado
vou ao terraço, observo a rua,
tudo é deserto... realidade crua,
nada se ver, oculta o infestado!

Alienação no próprio lar,
prisioneiro, refém do receio,
já vítima do dono do alheio,
noites insones, vigília singular.

Longos períodos onde roubo, furto
são preteridos; chamam profissão!
ganham espaço aumentando o surto.

Mas... na realidade desse enredo
o coadjuvante é um ladrão
que a nada teme e infeste o medo.

A M Ã E

Carlos Celso mUchoa Cavalcante (15/março/2012)

Ela se foi, mas permanece aqui
junto a mim; na imaginação
ocupa como lar meu coração,
refaz momentos ternos que vivi.

Hoje sou velho, mas quando criança,
uma mulher bonita, carinhosa,
qual uma santa, era tão formosa!
eu guardo eternamente na lembrança.

Musa divina, ícone do amor
as mãos de Deus a fez para criar
a humanidade em seu esplendor.

É a mulher, a mãe, a doce fada
dona de mimos mil para ofertar
a cada filho em sua caminhada.

sábado, 10 de março de 2012

INQUIETUDE

Carlos Celso Uchoa Cavalcante


Uma hora já é, perdi o sono.
levantei-me da casa, vim pra sala;
no meu quarto o cheiro que exala
é do nada, o cheiro do abandono.

Quando ainda na cama, me virava
de um lado pra o outro, inquieto
a fitar as paredes e o teto
lá no ego, baixinho eu murmurava.

O seu nome, às vezes eu não sei
só que muitas, eu balbuciei
no momento insone que sozinho.

Levantei-me do meu leito a sofrer
e na sala vim me entorpecer
no efeito das doses de um vinho.


(dezembro/2004)