domingo, 27 de abril de 2014

MEU FILHO ADOLESCENTE (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=27/abril/2014)

MEU FILHO ADOLESCENTE

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=27/abril/2014)


Outrora foi diferente
Chamavas-me de papai
Dos tempos idos não sai
Lindas lembranças da mente.

Apenas por pai me chamas
Depois de um pouco crescido
Mudastes filho querido!
Mas eu sei que tu me amas.

Hoje em tua adolescência
Entre tantas fantasias
Mudou nossa convivência.

Já não sigo os passos teus
Porém em todos meus dias
Entrego-te às mãos de Deus.


NOSSO CASAMENTO (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=17/abril/2014)

NOSSO CASAMENTO

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=17/abril/2014)


Éramos apenas os dois
Você e eu começando
Carinhosamente amando
A prole veio depois.

Quatro filhos, duas filhas,
Quatro netos, sete netas,
São dádivas prediletas
Nosso mundo em maravilhas.

Uma semente da planta
À qual chamam casamento
Germinou, cresceu e encanta.

Hoje cantamos ufanos
Felicitando o momento
Nascido há quarenta anos.


DECLÍNIO (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=16/abril/2014)

DECLÍNIO

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=16/abril/2014)


Chuvas caíram e ventos passaram,
Um horizonte lindo eu sempre vi,
Com o tempo, em meus sonhos, então cresci,
Plantas floriram e outras murcharam.

O que outrora foi simplicidade
Transformou-se, com o tempo, em modernismo,
Ganância, incoerência, egoísmo,
A decadência da humanidade.

Hoje reflito e penso nos meus,
Os descendentes que aqui ficarão,
Mas lembro-me que Deus é o mesmo Deus.

Então, vejo à mercê uma mesa farta,
De bênçãos, para os dias que virão,
Onde desejo estar antes que parta.


LEMBRANÇA DO RÁDIO )Carlos Celso Uchoa Cavalcante=15-abril/2014)

LEMBRANÇA DO RÁDIO

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=15/abril/2014)


Lembro o rádio que antigamente
Sonorizava a vida com ternura
As músicas românticas com doçura
Devaneavam os corações da gente.

Lembro o rádio, sério, sem malícia,
Que antigamente sem fantasiar
Propunha-se apenas informar
Realidade em forma de notícia.

Lembro o rádio em meu saudosismo
Quando chorei e ri de alegria
Pelas canções de amor e romantismo.

Lembro o rádio que lá no passado
Nos reencontros ou na nostalgia

Era refúgio do apaixonado.

VIVÊNCIA (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=05/abril/2014)

VIVÊNCIA

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=05/abril/2014)


Abri a porta, era madrugada,
Ergui a vista, olhei para o céu,
E vi descortinar-se o lindo véu
Que já me mostrava à alvorada.

Dentro de mim pulsou com alegria
Um coração que já envelhecido
Fez-me devanear um tempo ido
Uma felicidade em nostalgia.

Saudade dos primórdios de um passado
Reflexos reais de um presente
Anseios de um devir inacabado.

Mas o supremo Deus que nos assiste
Derrama a sua graça onipotente
Sobre a vida que feliz persiste.