sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

ESTAR NO SERTÃO (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=31/janeiro/2014)

                    ESTAR NO SERTÃO
(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=31/janeiro/2014)


A sinfonia ecoava
Nos espaços do arvoredo
Um musical sem segredo
Brindava o sol que raiava.

A aurora anunciava
O nascer de um novo dia
Em profusa alegria
A passarada cantava.

A bicharada exultava
As plantas parem rir
Era um clima de emoção.

Eu assim deliciava
Em cada o porvir

Do meu estar, no sertão.

PÓS-IDA (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=31/janeiro/2014)

PÓS-IDA

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=31/janeiro/2014)


Que reciclem minha vida
Através dos pobres versos
Dos meus tantos universos
Depois da minha partida.

Pus às avessas meu ser
Através das frases ditas
Mesmo feias ou bonitas
Elas vão permanecer.

Assim, depois que me for,
Resgatem tudo de mim
Que são pedaços de amor.

Quero que os versos que fiz
Não tenham jamais um fim
Seja meu rastro feliz.


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ETERNA AMADA (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=30/janeiro/2014)

ETERNA AMADA

(Carlos Celso Uchôa Cavalcante=30/janeiro/2014)


Tanto, romances vivi,
Enganando-me que amava
Porém na mente guardava
Você que nunca esqueci.

Só agora percebi
Ao rabiscar meu versejo
Que ao tempo em que não te vejo
Na ilusão resisti.

Despercebido fingi
Ser feliz em uma vida
De dolência disfarçada.

Mas, pungente, dor senti,
A dizer-me que és querida

E minha eterna amada. 

ANSEIOS (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=30/janeiro/2014)

ANSEIOS

(Carlos Celso Uchôa Cavalcante=30/janeiro/2014)


Já não são mais devaneios
As lembranças que me afligem
São pensamentos que exigem
Satisfazer meus anseios.

Mas um passado ingrato
Ficou pra trás com quem amo
Hoje só brado o reclamo
No meu desejo insensato.

Amamo-nos ternamente
Com a vida rimos felizes
Por tudo que ela auferiu.

Quem sabe? Ela também sente,
As lembranças, as matizes,

De um castelo que ruiu.