segunda-feira, 23 de maio de 2011

CONTRASTE

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (23/maio/2011)

Um passado confortante
na minha mente transita
aquela infância bonita
que já está bem distante.

Lembro-me que na calçada
eu brincava sem temor
na escola com amor
a professora ensinava.

Nos lares a harmonia
convivendo dia-a-dia
felicitava os casais.

Hoje tudo isso dorme
a diferença é enorme
nesses dias atuais.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

SÓ ASSIM...

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (14/maio/2011)

É tanta gente eloqüente
que hoje sobe à tribuna
ganhando uma fortuna
só pra enganar a gente.

Sempre bonita matéria
no seu dircurso vai lendo
já tão até prometendo
ser "UM BRASIL SEM MISÉRIA"

Oxente! nesse momento
não ver que nem alimento
o povo pode comprar?

Só se respeitar a lei!
desse modo, então eu sei
que a coisa pode mudar.


(obs: que entendes por POVO?)

quinta-feira, 12 de maio de 2011

EXCLUSO

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (11/maio/2011)

Entre os escombros da minha saudade
fui buscar forças para resistir
jamais achei viesse a ruir,
sem consistência, aquela amizade
onde o respeito em reciprocidade
num absolutismo com carinho
repudiava os atos de maldade
trilhando, com decência, seu caminho.

Mas durou pouco apenas começou
fui humilhado me senti na rua
quando presenciei a frase "exclua"
da sua lista meu nome, onde estou,
daí então só saudade ficou
dentre os amigos o nome "exclui"
hoje pra mim o mundo se calou
com relação ao nome que perdi.

Busco a razão que culminou o fato
mas não encontro e sem lenitivo
nem posso absolver-me do motivo
até porque não houve um relato
o que me deixa mais estupefato
o tratamento com tanta aspereza
aonde recebi um ultimato
sem ter a chance da menor defesa.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

IMAGINAÇÃO

Carlos Celso Uchoa Cavalcante (09/maio/2011)

Espaços de minha casa
interno, colateral,
naquele enorme quintal
onde o prazer se extravasa
as alegrias são tantas
quando o desejo embasa
a brincar por entre as plantas.

As pétalas de uma rosa
com maciez e perfume
muitas vezes em queixume
por uma mulher formosa
mistura-se na miragem
de maneira copiosa
sutil conforme a imagem.

Como acho divertido
brincar com o meu cachorro
ele corre, eu também corro
do tempo fico esquecido
é como fosse criança
e aquele bichinho garrido
não tirarei da lembrança.

Tudo lá é muito belo
a passarada orquestrando
seus cânticos misturando
no panorama singelo
a minha casa modesta
para mim é um castelo
eternamente em festa.

Ela fica encravada
num planalto sertanejo
sozinha de onde vejo
a beleza revelada
da natureza, em meu sonho
não trocaria por nada
esa casa que suponho.

terça-feira, 3 de maio de 2011

CONSTERNAÇÃO

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante-17/04/2011)

Nada direi se não me perguntares
nada farei se não me exigires
só te olharei na hora que partires
e abraçarei se um dia tu voltares
não pedirei jamais para ficares
cultivarei no peito este meu bem
sei que ninguém na vida é de ninguém
então, se queres ir, partes com Deus
deixa-me aqui com os sonhos meus
que são somente meus demais ninguém.

Quando pensei fosse realidade
a convivência em que o amor fruia
vejo chegar sutil a nostalgia
com quem jamais eu quis cumplicidade
trazendo-me tristeza e saudade
para ocupar o vazio do meu ego
quando inteiro à solidão me entrego
ou me entregas com a tua ida
não sei por quanto tempo em minha vida
vou suportar a dor que já carrego.

Suportarei o quanto for possível
esta aliança de saudade e dor
não posso refutar o meu amor
um sentimento forte invencível
a corroer um peito perecível
que se desgasta pela despedida
inolvidável da tua partida
que demoliu meu castelo de sonhos
os meus momentos hoje são tristonhos
trago na face uma dor refletida.

Com radical impulso decidistes
abandonar-me e ir-se pelo mundo
deixando-me aqui tão moribundo
desde aquele instante em que partistes
meu sofrimento, eu sei que ainda vistes
e mesmo assim a tua decisão
não provocou nenhuma comoção
um coração de pedra há em teu peito
porém se tu voltares eu te aceito
eu só não quero a tua compaixão.