sábado, 20 de julho de 2013

FRUSTRAÇÃO DE UM BARDO (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=18/julho/2013)

FRUSTRAÇÃO DE UM BARDO

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=18/julho/3013)


Era inverno! A noite fria entrava na madrugada,
No céu, a lua acanhada me inspirava poesia,
Era tudo que eu queria para saudar minha amada,
No entanto não fiz nada, pois logo chegou o dia.

A aurora anunciava o sol se aproximando,
Meu coração delirando dentro de mim marejava,
A seresta que almejava foi de mim desvencilhando
Meu violão reclamando acordes que não tocava.

Talvez, para ter coragem, primeiro visitei bares,
Saí depois a lugares onde via tua imagem
Que era apenas miragem aos meus efeitos vulgares.

Efeitos da embriaguez que me deixou aturdido
Completamente perdido já com pouca lucidez
Deixando em plena nudez todo meu tempo perdido.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

VERGONHA (Carlos Celso Uchoa Cavalcante=12/julho/2013)

VERGONHA

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=12/julho/2013)


O tempo nunca parou, quem parou sei que foi eu,
Quem tantos anos viveu e vê que o mundo mudou,
 A humildade se acabou, a arrogância cresceu,
Foi só o que aconteceu, o meu ser se envergonhou!

Sou do tempo em que o jovem por senhor tratava o adulto,
Hoje tratam com insulto e picuinhas promovem,
Com mais nada se comovem, a lei lhe garante indulto,
Em meio a tanto tumulto suas culpas absolvem.

Chamam a isso progresso, modernismo, evolução,
Mas tenho a concepção que tudo isso é egresso
Razão porque me estresso e fujo à minha razão!

É triste quando a rotina foge do que a gente sonha
A decepção medonha ofusca nossa retina

Por isso atrás da cortina me escondo dessa vergonha!

VOLTA OU DEIXE-ME (Carlos Celso Uchôa Cavalcante=(11/julho/2013)

VOLTA OU DEIXE-ME

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=11/julho/2013)


Faz tempo que não versejo, por não ter inspiração,
Esse tipo de emoção eu só sinto se te vejo,
Daí explode um desejo lá dentro do coração
Quando uma grande fusão elimina o meu arquejo.

Passo a respirar direito, tua presença me apraz,
Todo o bem que ela me traz vem alimentar meu peito
 Transformando-me de um jeito, me fazendo um ser tenaz,
De tudo sendo capaz, ganhando um novo preceito.

Volta! Sinto-me ofegante e você é o remédio
Para curar o meu tédio e suprir meu peito amante
Desse amor fascinante que me leva ao teu assédio.

Volta! Se ainda existe o amor que um dia a mim confessastes
Porém se dissimulastes deixa-me ser sofredor
Melhor é sentir a dor desse punhal que cravastes.