Carlos Celso-CARCEL (24/novembro/2010)
É natal !...
a frivolidade se mistura
usurpa o teor de compostura
que ainda há em poucos corações,
as emoções...
os votos de felicidade plena
uma oferta de amor, amena,
difícil discernir qual o real.
É natal !...
recordo-me...
chamou-me vagabundo,
quando na vida eu já fui fecundo;
hoje sou velho, já estou cansado,
aposentado !
não retribúo esse pejorativo
tiro do meu ego o lenitivo,
com amor, desejar felicidade !
Mediocridade ?
sim !...
essa, talvez, seja a palavra chave
que n o caráter desse ser encrave
pela ofensa feita ao nordestino;
não subestimo !
sem mesmo queiras, és igual a todos;
o lamentável é que teus engodos
nítidamente vêm da hipocrisia;
com alegria
a tí almejo um feliz ano novo
e que percebas que também és povo
não diferente de nós nordestinos !
Repiquem sinos,
é natal !...
apesas daquele artista sem nobreza
que humilhou, torturou toda pobreza
através do seu individualismo
não é cinismo,
eu sei !
o pobre ser pensa haver mais que um mundo
e com certeza do melhor é oriundo,
mas é engano, cidadão,
somos iguais !
pobre ou rico, não importa a casta,
quem é cristão é de família vasta,
quem não o é, não sei !
quem vai saber ?
nem mesmo encontro algo a dizer,
a não ser...
Afinal...
desejo a todos
um feliz natal. !...
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
domingo, 21 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
LENA FERREIRA (Acróstico)
Carlos Celso-CARCEL (19/novembro/2010)
L irismo de um poema transcencente
E scultura carnal da natureza
N éctar de um amor candente
A brigo fêmeo da beleza.
F loral de perfume inebriante
E nlevo de uma juvenil paixão
R esgate do poder apaixonante
R efúgio do fruir do coração
E femeridade do instante
I mpulsivo da doce emoção
R elíquias desse teu lindo semblante
A lém da fértil imaginação.
L irismo de um poema transcencente
E scultura carnal da natureza
N éctar de um amor candente
A brigo fêmeo da beleza.
F loral de perfume inebriante
E nlevo de uma juvenil paixão
R esgate do poder apaixonante
R efúgio do fruir do coração
E femeridade do instante
I mpulsivo da doce emoção
R elíquias desse teu lindo semblante
A lém da fértil imaginação.
MEU PRIMO RAIMUNDO
Carlos Celso-CARCEL (19/novembro/2010)
Por ocasião do falecimento do meu primo/amigo/irmão.
Como se fossemos irmãos,
éramos primos, eu e Raimundo;
um sentimento de respeito tão profundo
unia, entrelaçando, nossas mãos.
Enquanto a vida quis, compartilhamos
momentos que a gente não esquece,
mas com o passar do tempo se envelhece,
envelhecemos e nos dispersamos.
O dispersar causa a distância ingrata
e um dia a notícia que maltrata
surpreendentemente alguém ma deu.
O telefone toca, eu atendo,
voz embargada, eu daqui, tremendo,
ouço dizer: Raimundo morreu.
Por ocasião do falecimento do meu primo/amigo/irmão.
Como se fossemos irmãos,
éramos primos, eu e Raimundo;
um sentimento de respeito tão profundo
unia, entrelaçando, nossas mãos.
Enquanto a vida quis, compartilhamos
momentos que a gente não esquece,
mas com o passar do tempo se envelhece,
envelhecemos e nos dispersamos.
O dispersar causa a distância ingrata
e um dia a notícia que maltrata
surpreendentemente alguém ma deu.
O telefone toca, eu atendo,
voz embargada, eu daqui, tremendo,
ouço dizer: Raimundo morreu.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
E R M O
Carlos Celso-CARCEL (17/novembro/2010)
No silêncio ecoa o meu grito,
sinto-me aposto no meu púlpito,
quem sabe? eu escute, assim, de súbito,
a resposta vinda lá do infinito!
Perguntas engasgadas, a garganta;
a mente confusa já quase insana,
índole que o próprio ser profana
nas induções que a mentira acalanta.
Passado, tempos idos, inocência!
ávidas lembranças de decência
a misturar-se ao presente iníquo.
Hoje um modernismo se mistura
com o degredo de nação futura
onde o devir poderia ser profícuo.
No silêncio ecoa o meu grito,
sinto-me aposto no meu púlpito,
quem sabe? eu escute, assim, de súbito,
a resposta vinda lá do infinito!
Perguntas engasgadas, a garganta;
a mente confusa já quase insana,
índole que o próprio ser profana
nas induções que a mentira acalanta.
Passado, tempos idos, inocência!
ávidas lembranças de decência
a misturar-se ao presente iníquo.
Hoje um modernismo se mistura
com o degredo de nação futura
onde o devir poderia ser profícuo.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
SONETO MACABRO
Carlos Celso-CARCEL (16/novembro/2010)
Vejo-a de perto, vindo, sorrateira,
busco coragem, tento ser um forte,
mas quem o é? se quando chega, a morte
não nos avisa, ela é traiçoeira!
Exuberante vida com alarde
eu pude ter, mas nunca imaginando
que ela, um dia, fosse assim chegando
furtivamente, cruel e covarde.
Realidade! em nada me iludo,
sei que não há para defesa escudo,
mas, mesmo assim, pra sí caminho não abro.
Que demorasse a chegar, quisera!
enquanto eu aqui nessa quimera
vou rabiscando um soneto macabro.
Vejo-a de perto, vindo, sorrateira,
busco coragem, tento ser um forte,
mas quem o é? se quando chega, a morte
não nos avisa, ela é traiçoeira!
Exuberante vida com alarde
eu pude ter, mas nunca imaginando
que ela, um dia, fosse assim chegando
furtivamente, cruel e covarde.
Realidade! em nada me iludo,
sei que não há para defesa escudo,
mas, mesmo assim, pra sí caminho não abro.
Que demorasse a chegar, quisera!
enquanto eu aqui nessa quimera
vou rabiscando um soneto macabro.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
DESTRUTORES
Carlos Celso-CARCEL (12/novembro/2010)
Quando o perjúrio gera autoridade
com a vaidade vem a prepotência
ícones fortes da incompetência
inimigos fatais da humildade.
Falso poder tenta impor domínio
aniquilando quem é subalterno
contrastando com o ato de fraterno
no seu desejo louco de extermínio.
Julgam-se únicos racionais
divergindo de outros animais
um falso mundo para sí constroem.
Por inocência ou ignorância,
não sei! não sabem! pela arrogância
todos os maus e males se destroem.
Quando o perjúrio gera autoridade
com a vaidade vem a prepotência
ícones fortes da incompetência
inimigos fatais da humildade.
Falso poder tenta impor domínio
aniquilando quem é subalterno
contrastando com o ato de fraterno
no seu desejo louco de extermínio.
Julgam-se únicos racionais
divergindo de outros animais
um falso mundo para sí constroem.
Por inocência ou ignorância,
não sei! não sabem! pela arrogância
todos os maus e males se destroem.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
AH! SE EU PUDESSE
Carlos Celso-CARCEL (09/novembro/2010)
Ah!
se eu pudesse reviver o meu passado;
hoje cansado
de emoções e controvérsias,
as peripécias
deixaram-me definhado
e atirado...
sobre o colo da inércia.
Vejo, ainda, o crepúsculo do dia,
a poesia...
o anseio pela noite!
sinto, ainda, no meu rosto o açoite
da brisa, suave;
mas é só melancolia!
São tantas coisas que a mente me faz ver
e reviver
como eu fosse um ser alado!
ah...
se eu pudesse realmente voar alto
e a felicidade em sobressalto
fizesse-me reviver o meu passado!
Ah!
se eu pudesse reviver o meu passado;
hoje cansado
de emoções e controvérsias,
as peripécias
deixaram-me definhado
e atirado...
sobre o colo da inércia.
Vejo, ainda, o crepúsculo do dia,
a poesia...
o anseio pela noite!
sinto, ainda, no meu rosto o açoite
da brisa, suave;
mas é só melancolia!
São tantas coisas que a mente me faz ver
e reviver
como eu fosse um ser alado!
ah...
se eu pudesse realmente voar alto
e a felicidade em sobressalto
fizesse-me reviver o meu passado!
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
TENDÊNCIAS
Carlos Celso-CARCEL (08/novembro/2010)
Eu vejo a vida através de outras vidas;
são tantas vidas!
um universo de tendências variadas...
diversificadas!
não...
não imito-as,
não copio-as,
não vivo-as,
tenho a minha!
Os preceitos,
os conceitos,
os meus direitos
me permitem corrigir alguns defeitos,
não somos perfeitos!
Ele o foi
e se foi!
mas...
deixou por galardão a sapiência,
com livre arbítrio
mas também o poder da consciência.
Quem somos nós?
Somos criação divina!
O livre arbítrio é o que nos predestina
a sermos o que somos,
o que fomos?
Já é ido...
Ele se foi mas me deixou redimido,
limpo,
lavado de tudo que pequei!
Não sei...
Porque tanta bondade virou ira?
a desonestidade,
a inveja,
a mentira,
o desamor em tantos corações.
Eu vejo a vida através de outras vidas
e aquelas máculas
eu jamais fiz esquecidas
eu vivo a vida em constantes emoções.
Eu vejo a vida através de outras vidas;
são tantas vidas!
um universo de tendências variadas...
diversificadas!
não...
não imito-as,
não copio-as,
não vivo-as,
tenho a minha!
Os preceitos,
os conceitos,
os meus direitos
me permitem corrigir alguns defeitos,
não somos perfeitos!
Ele o foi
e se foi!
mas...
deixou por galardão a sapiência,
com livre arbítrio
mas também o poder da consciência.
Quem somos nós?
Somos criação divina!
O livre arbítrio é o que nos predestina
a sermos o que somos,
o que fomos?
Já é ido...
Ele se foi mas me deixou redimido,
limpo,
lavado de tudo que pequei!
Não sei...
Porque tanta bondade virou ira?
a desonestidade,
a inveja,
a mentira,
o desamor em tantos corações.
Eu vejo a vida através de outras vidas
e aquelas máculas
eu jamais fiz esquecidas
eu vivo a vida em constantes emoções.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
MEU ANIVERSÁRIO
Carlos Celso-CARCEL (04/novembro/2010)
Mais um ano percorrí
por estradas longínqüas,
retas ou tortuosas,
planas ou declivadas
Eu andei!
caminhei...
Sentindo a maciez sob meus pés!
também...
sobre pedras e espinhos,
solo seco ou encharcado,
poeiriços ou lamaçais
Eu pisei!
Décadas passaram-se!
como um carrossel louco,
o tempo,
nele viajei!
Me fiz companheiro da felicidade
...e da infelicidade!
travei batalhas
algumas ganhei
outras perdí
mas não desistí,
não perdí a guerra!
Aqui estou
hoje...
Num mundo misto de sonhos e fantasias,
mas...
em meus dias
vejo um horizonte
a me sorrir
a me mostrar
a bagagem flutuante que me acompanhou
traduzindo um universo de experiências
o meu,
o seu,
este é o meu horizonte!
Perdas e ganhos,
acertos e erros,
um pouco da inocência que se renova.
Viví!
vivo!
hoje é meu aniversário!
Até quando?
Parabens à mim mesmo,
à vida...
ao tempo!...
Mais um ano percorrí
por estradas longínqüas,
retas ou tortuosas,
planas ou declivadas
Eu andei!
caminhei...
Sentindo a maciez sob meus pés!
também...
sobre pedras e espinhos,
solo seco ou encharcado,
poeiriços ou lamaçais
Eu pisei!
Décadas passaram-se!
como um carrossel louco,
o tempo,
nele viajei!
Me fiz companheiro da felicidade
...e da infelicidade!
travei batalhas
algumas ganhei
outras perdí
mas não desistí,
não perdí a guerra!
Aqui estou
hoje...
Num mundo misto de sonhos e fantasias,
mas...
em meus dias
vejo um horizonte
a me sorrir
a me mostrar
a bagagem flutuante que me acompanhou
traduzindo um universo de experiências
o meu,
o seu,
este é o meu horizonte!
Perdas e ganhos,
acertos e erros,
um pouco da inocência que se renova.
Viví!
vivo!
hoje é meu aniversário!
Até quando?
Parabens à mim mesmo,
à vida...
ao tempo!...
terça-feira, 2 de novembro de 2010
DIA DE FINADOS
Carlos Celso-CARCEL (02/novembro/2010)
Hoje, dia de finados,
a memória retrocede
muitas lembranças concede
dos meus convívios passados.
Inagino estar comigo
meus queridos ancestrais
bisavós, avós e pais
cada parente ou amigo.
Nada a ver com sectário
tem o meu imaginário!
a irreal emoção...
Tem um sentido obtuso
nesse desejo confuso
que sai do meu coração.
Hoje, dia de finados,
a memória retrocede
muitas lembranças concede
dos meus convívios passados.
Inagino estar comigo
meus queridos ancestrais
bisavós, avós e pais
cada parente ou amigo.
Nada a ver com sectário
tem o meu imaginário!
a irreal emoção...
Tem um sentido obtuso
nesse desejo confuso
que sai do meu coração.
Assinar:
Postagens (Atom)