sábado, 30 de outubro de 2010

PRAIA DO PINA

Carlos Celso-CARCEL (28/outubro/2010)

Praia do Pina,
menina!
brincávamos quando eu era criança
molhavas-me os pés,
lembrança...

Iam e vinham num constante bailado
as pequenas ondas que tuas águas produziam
às vezes fria,
às vezes morna,
a derramar na areia que te adorna!

E eu, ali...
pés descalços,
busto nu,
apenas um pequeno short,
era criança, um pequeno porte!

Praia do Pina,
menina!

Pina é bairro de minha capital
Recife!
Recife capital do meu estdo
Pernambuco!
também terra de Nabuco!

Joaquim?
sim!
aquele personagem entre tantos

Joaquim Nabuco

Praia do Pina,
menina!

Areia aquecida pelo causticante sol
morna, fina, esvoaçante pela aragem
as dunas!
transeuntes banhistas
vendedores de sorvete, laranja e etc.
movimentação intensa
e eu, alí...
molhavas-ne os pés.

Praia do Pina,
menina!

Retrocesso ilusório
notório!
imaginação que não se apaga
nalfraga...
mas a própria vida a resgata
delata
aos meus pensamentos levianos
nos anos...
que se seguem...

Até quando?
não sei!

Uma lembrança que me contamina a mente
dolente,
mas que é gostoso lembrar
do mar...

As jangadas ao longe,
pingos brancos na imensidão azul
as águas!
ondas espumantes,
as jangadas distantes.

Hoje ausente,
presente,
na minha mente
reminiscência infinda
ainda.

Praia do Pina,
menina!

lembrança
onde fui criança!...

domingo, 17 de outubro de 2010

SEM SENTIDO

Carlos Celso-CARCEL (17/outubro/2010)


Me apego ao passado como fuga
de um presente que só me dá desgosto
e assim vão ficando no meu rosto
cicatrizes da vida em cada ruga.

De um futuro sem ter perspectiva
com a vida que levo nada espero
já nem mesmo eu sei mais o que quero
meus momentos são sem alternativa.

Lentamente eu vou cambaleando
nos espaços em que vou me encontrando
como se fosse um pássaro ferido.

Que em busca de ajuda e guarida
tenta ser resistente à própria vida
que parece já não ter mais sentido.

sábado, 16 de outubro de 2010

FRACASSO

Carlos Celso-CARCEL (16/outubro/2010)


Na mente abundância de lembranças
nos olhos a imagem refletida
de sonhos que se foram pela vida
deixando um vazio de esperanças.

No rosto, fisionomia séria
um riso as vezes, misto ao sofrer,
o medo, transparente, de viver
na triste companhia da miséria.

Assim é a realidade dele
um homem que lutara como aquele
é hoje reprimido, já cansado.

Sozinho na imensidão do mundo
um triste, sem família, moribundo
por sua própria vida humilhado.

domingo, 10 de outubro de 2010

M A L D A D E

Carlos Celso-CARCEL (09/outubro/2010)

Gostar pouco de mim, mais de você
configura autêntico egoismo
toda minha esperança em pessimismo
você logo transforma e não vê.

Desprovida de sensibilidade
me humilhas e jogas-me ao chão
dilaceras de vez meu coração
exercendo esse ato de maldade.

Sou um ser que careço de carinho
entre tantos não posso ser sozinho,
a perdí, e agora, o que faço?

Nessa vida já não encontro rumo
me quebrando aos poucos eu presumo
que já sou quase um monte de bagaço.

O TEMPO MATA O AMOR

Carlos Celso-CARCEL (08/outubro/2010)

O amor é como a planta
é preciso cultivar,
não penses que é navegar
na bela nau que te encanta.

O amor é sentimento
que germina no teu ego
te faz, de feliz, ser cego
também te dá sofrimento.

Por amor, se rir, se chora,
ao chegar, ao ir embora,
ele dá prazer ou dor.

Dizem que o amor permanece;
não sei! as vezes se esquece,
e o tempo mata o amor.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

CASA DO NADA

Carlos Celso-CARCEL (02/outubro/2010)


A gente constrói castelos
com rica imaginação
e na grande pretensão
todos e tudo são belos.

Mas a vida é enganosa
não são todas! mas um dia,
com enorme euforia
vemos a mulher formosa.

Nos aproximamos dela
pretendendo com aquela
ter uma vida regada.

Porém quando a gente erra
a nossa vida se encerra
em uma casa do nada.

R I C O

Carlos Celso-CARCEL (02/outubro/2010)

Não sei se é por não ter
que penso desta maneira
sempre achei que é besteira
pensar em enriquecer.

Dinheiro só dá prazer
mas não dá felicidade!
nos engana de verdade
sem a gente perceber.

Isto é fácil de ver
mesmo longe de fuxico
que quem tem pompa de rico
vive de aparecer.

Devia nunca morrer
mas dinheiro não dá vida;
riqueza bem sucedida
é a Deus enaltecer.


(salvo melhor juizo; este é o meu)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

AMANHÃ EU VOU VOTAR

Carlos Celso-CARCEL (02/outubro/2010)


Infelizmente terei
que ir votar amanhã
não escolhí qual a clã
pois qual a pior não sei.

Amanhã todos são bons
a maldade se esconde
não vai existir aonde
escutemos outros sons.

É só o som de bondade,
competência, honestidade
numa verdadeira guerra.

Votar é um dever cívico
pra grandeza do político
depois a gente se ferra.

COISAS DO ALÉM

Carlos Celso-CARCEL (03/outubro/2010)


Quem sabe? seja do além
essa atitude que tenho!
podes crer, eu me empenho
em não imitar ninguém.

Sempre fui um ser simplório
em tudo que digo ou penso
nunca desejo o imenso
mas admiro o notório.

Essas fantasias vãs
foge dos meus amanhãs,
eu sei que sou diferente!

Que me chamem de fantasma
se minha atitude pasma,
mas... saiba, sou bem consciente.