quarta-feira, 11 de abril de 2012

NOSSA DESDITA

                          Carlos Celso Uchoa Cavalcante
                                      (08/abril/2012)


Abortamos, os dois, nossas idéias,
deflagramos no tempo as epopéias,
a infância que adultos nós vivemos;
crescemos?...

Devaneios se foram, nós ficamos
à mercê do holocausto, aqui estamos
contemplando o ruir de um castelo...
tão belo!

O amor que outrora nos uniu
foi se fragilizando, sucumbiu,
só ficaram lembranças de um passado
alado.

A reciprocidade afugentada
pela desunião desenfreada
assistiu a um mundo que inundou
findou...

E agora? vivemos lado a lado
sem amor; sem amar, sem ser amado
a mirar-se no espelho da desdita
maldita!