sábado, 28 de julho de 2012

NO DIA DOS PAIS (Carlos Celso Uchôa Cavalcante-28/julho/2012


NO DIA DOS PAIS
 
                   (Carlos Celso Uchoa Cavalcante-28/julho/2012)

Somente bons exemplos tu mostravas
Mesclados de bondade e carinho
Jamais na vida me senti sozinho
Pois onde eu estivesse tu estavas.

Além de pai tu eras um amigo
Herói das minhas tantas fantasias
Reduto imensurável de alegrias
A minha segurança, o meu abrigo.

Contemplo hoje os teus cabelos brancos
Rugas marcantes de um tempo ido
E ambos, rimos um ao outro, francos.

Quero abraçar-te em plena alegria
Beijar-te a face, meu papai querido,
E homenagear-te no teu dia!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

CARICATURAS (Carlos Celso Uchoa Cavalcante-11/julho/2012)


CARICATURAS

                      Carlos Celso Uchoa Cavalcante
                                    (11/julho/2012)

Estudei pouco! Hoje já é tarde;
Não me incomoda ser chamado inculto,
Não tomo essa palavra por insulto,
Sou homem simples e não tenho alarde!

Nos tempos idos estudei gramática
Uma matéria que me aprazia
História e também geografia,
Só não gostei da tal da matemática.

Trabalhei cedo, ainda criança,
Mas fui feliz, tive um universo,
Na humildade, com perseverança.

Assim vivi, mas antes da partida,
Quero fazer em meu tão simples verso,
Caricaturas dessa longa vida.



terça-feira, 10 de julho de 2012

ESCAPISMO (Carlos Celso Uchôa Cavalcante-10/julho/2012)

ESCAPISMO

Carlos Celso Uchoa Cavalcante
(10/julho/2012)

Qual borboleta fraca, ofegante, presa às pedras que em mim atirastes, 
Contabilizo o quanto humilhastes e subtraio o desconfortante;
Momentos, de um passado humilhante, eu deixo aí onde ficastes,
Com as lembranças que de mim guardastes e abraço minha fuga itinerante.

Quantos degraus serão para galgar? Sei que são muitos, mas, desvencilhado,
De todas as amarras do passado, eu poderei tranquilo caminhar,
Não obstante, até mesmo voar, literalmente num desejo alçado,
Buscando o horizonte almejado, onde há felicidade a esperar.

Sinto nascer de novo no meu ego a força exuberante do desejo
Nos olhos novamente o lampejo desfaz a condição de quase cego
No mundo diferente a que me entrego florais aves cantantes, é o que vejo.

Livre das pedras que me machucaram alço meu voo onde quer que vá
Que o passado esteja onde está com os momentos rudes que ficaram
Enquanto sobre as flores que brotaram, livre e feliz paire o panapaná.