quarta-feira, 24 de novembro de 2010

UM FELIZ NATAL !...

Carlos Celso-CARCEL (24/novembro/2010)

É natal !...
a frivolidade se mistura
usurpa o teor de compostura
que ainda há em poucos corações,
as emoções...
os votos de felicidade plena
uma oferta de amor, amena,
difícil discernir qual o real.

É natal !...
recordo-me...
chamou-me vagabundo,
quando na vida eu já fui fecundo;
hoje sou velho, já estou cansado,
aposentado !
não retribúo esse pejorativo
tiro do meu ego o lenitivo,
com amor, desejar felicidade !

Mediocridade ?
sim !...

essa, talvez, seja a palavra chave
que n o caráter desse ser encrave
pela ofensa feita ao nordestino;
não subestimo !
sem mesmo queiras, és igual a todos;
o lamentável é que teus engodos
nítidamente vêm da hipocrisia;
com alegria
a tí almejo um feliz ano novo
e que percebas que também és povo
não diferente de nós nordestinos !

Repiquem sinos,
é natal !...

apesas daquele artista sem nobreza
que humilhou, torturou toda pobreza
através do seu individualismo
não é cinismo,
eu sei !
o pobre ser pensa haver mais que um mundo
e com certeza do melhor é oriundo,
mas é engano, cidadão,
somos iguais !
pobre ou rico, não importa a casta,
quem é cristão é de família vasta,
quem não o é, não sei !
quem vai saber ?
nem mesmo encontro algo a dizer,
a não ser...

Afinal...
desejo a todos
um feliz natal. !...

domingo, 21 de novembro de 2010

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

LENA FERREIRA (Acróstico)

Carlos Celso-CARCEL (19/novembro/2010)


L irismo de um poema transcencente
E scultura carnal da natureza
N éctar de um amor candente
A brigo fêmeo da beleza.

F loral de perfume inebriante
E nlevo de uma juvenil paixão
R esgate do poder apaixonante
R efúgio do fruir do coração
E femeridade do instante
I mpulsivo da doce emoção
R elíquias desse teu lindo semblante
A lém da fértil imaginação.

MEU PRIMO RAIMUNDO

Carlos Celso-CARCEL (19/novembro/2010)
Por ocasião do falecimento do meu primo/amigo/irmão.

Como se fossemos irmãos,
éramos primos, eu e Raimundo;
um sentimento de respeito tão profundo
unia, entrelaçando, nossas mãos.

Enquanto a vida quis, compartilhamos
momentos que a gente não esquece,
mas com o passar do tempo se envelhece,
envelhecemos e nos dispersamos.

O dispersar causa a distância ingrata
e um dia a notícia que maltrata
surpreendentemente alguém ma deu.

O telefone toca, eu atendo,
voz embargada, eu daqui, tremendo,
ouço dizer: Raimundo morreu.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

E R M O

Carlos Celso-CARCEL (17/novembro/2010)

No silêncio ecoa o meu grito,
sinto-me aposto no meu púlpito,
quem sabe? eu escute, assim, de súbito,
a resposta vinda lá do infinito!

Perguntas engasgadas, a garganta;
a mente confusa já quase insana,
índole que o próprio ser profana
nas induções que a mentira acalanta.

Passado, tempos idos, inocência!
ávidas lembranças de decência
a misturar-se ao presente iníquo.

Hoje um modernismo se mistura
com o degredo de nação futura
onde o devir poderia ser profícuo.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

SONETO MACABRO

Carlos Celso-CARCEL (16/novembro/2010)

Vejo-a de perto, vindo, sorrateira,
busco coragem, tento ser um forte,
mas quem o é? se quando chega, a morte
não nos avisa, ela é traiçoeira!

Exuberante vida com alarde
eu pude ter, mas nunca imaginando
que ela, um dia, fosse assim chegando
furtivamente, cruel e covarde.

Realidade! em nada me iludo,
sei que não há para defesa escudo,
mas, mesmo assim, pra sí caminho não abro.

Que demorasse a chegar, quisera!
enquanto eu aqui nessa quimera
vou rabiscando um soneto macabro.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

DESTRUTORES

Carlos Celso-CARCEL (12/novembro/2010)

Quando o perjúrio gera autoridade
com a vaidade vem a prepotência
ícones fortes da incompetência
inimigos fatais da humildade.

Falso poder tenta impor domínio
aniquilando quem é subalterno
contrastando com o ato de fraterno
no seu desejo louco de extermínio.

Julgam-se únicos racionais
divergindo de outros animais
um falso mundo para sí constroem.

Por inocência ou ignorância,
não sei! não sabem! pela arrogância
todos os maus e males se destroem.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

AH! SE EU PUDESSE

Carlos Celso-CARCEL (09/novembro/2010)

Ah!
se eu pudesse reviver o meu passado;
hoje cansado
de emoções e controvérsias,
as peripécias
deixaram-me definhado
e atirado...
sobre o colo da inércia.

Vejo, ainda, o crepúsculo do dia,
a poesia...
o anseio pela noite!
sinto, ainda, no meu rosto o açoite
da brisa, suave;
mas é só melancolia!

São tantas coisas que a mente me faz ver
e reviver
como eu fosse um ser alado!
ah...
se eu pudesse realmente voar alto
e a felicidade em sobressalto
fizesse-me reviver o meu passado!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

TENDÊNCIAS

Carlos Celso-CARCEL (08/novembro/2010)

Eu vejo a vida através de outras vidas;
são tantas vidas!
um universo de tendências variadas...
diversificadas!
não...
não imito-as,
não copio-as,
não vivo-as,
tenho a minha!

Os preceitos,
os conceitos,
os meus direitos
me permitem corrigir alguns defeitos,
não somos perfeitos!

Ele o foi
e se foi!

mas...

deixou por galardão a sapiência,
com livre arbítrio
mas também o poder da consciência.

Quem somos nós?

Somos criação divina!

O livre arbítrio é o que nos predestina
a sermos o que somos,
o que fomos?

Já é ido...

Ele se foi mas me deixou redimido,
limpo,
lavado de tudo que pequei!

Não sei...

Porque tanta bondade virou ira?
a desonestidade,
a inveja,
a mentira,
o desamor em tantos corações.

Eu vejo a vida através de outras vidas
e aquelas máculas
eu jamais fiz esquecidas
eu vivo a vida em constantes emoções.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

MEU ANIVERSÁRIO

Carlos Celso-CARCEL (04/novembro/2010)

Mais um ano percorrí
por estradas longínqüas,
retas ou tortuosas,
planas ou declivadas

Eu andei!
caminhei...

Sentindo a maciez sob meus pés!
também...
sobre pedras e espinhos,
solo seco ou encharcado,
poeiriços ou lamaçais

Eu pisei!

Décadas passaram-se!
como um carrossel louco,
o tempo,
nele viajei!

Me fiz companheiro da felicidade
...e da infelicidade!
travei batalhas
algumas ganhei
outras perdí
mas não desistí,
não perdí a guerra!

Aqui estou
hoje...

Num mundo misto de sonhos e fantasias,
mas...
em meus dias
vejo um horizonte
a me sorrir
a me mostrar
a bagagem flutuante que me acompanhou
traduzindo um universo de experiências
o meu,
o seu,
este é o meu horizonte!

Perdas e ganhos,
acertos e erros,
um pouco da inocência que se renova.

Viví!
vivo!
hoje é meu aniversário!

Até quando?

Parabens à mim mesmo,
à vida...
ao tempo!...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

DIA DE FINADOS

Carlos Celso-CARCEL (02/novembro/2010)

Hoje, dia de finados,
a memória retrocede
muitas lembranças concede
dos meus convívios passados.

Inagino estar comigo
meus queridos ancestrais
bisavós, avós e pais
cada parente ou amigo.

Nada a ver com sectário
tem o meu imaginário!
a irreal emoção...

Tem um sentido obtuso
nesse desejo confuso
que sai do meu coração.

sábado, 30 de outubro de 2010

PRAIA DO PINA

Carlos Celso-CARCEL (28/outubro/2010)

Praia do Pina,
menina!
brincávamos quando eu era criança
molhavas-me os pés,
lembrança...

Iam e vinham num constante bailado
as pequenas ondas que tuas águas produziam
às vezes fria,
às vezes morna,
a derramar na areia que te adorna!

E eu, ali...
pés descalços,
busto nu,
apenas um pequeno short,
era criança, um pequeno porte!

Praia do Pina,
menina!

Pina é bairro de minha capital
Recife!
Recife capital do meu estdo
Pernambuco!
também terra de Nabuco!

Joaquim?
sim!
aquele personagem entre tantos

Joaquim Nabuco

Praia do Pina,
menina!

Areia aquecida pelo causticante sol
morna, fina, esvoaçante pela aragem
as dunas!
transeuntes banhistas
vendedores de sorvete, laranja e etc.
movimentação intensa
e eu, alí...
molhavas-ne os pés.

Praia do Pina,
menina!

Retrocesso ilusório
notório!
imaginação que não se apaga
nalfraga...
mas a própria vida a resgata
delata
aos meus pensamentos levianos
nos anos...
que se seguem...

Até quando?
não sei!

Uma lembrança que me contamina a mente
dolente,
mas que é gostoso lembrar
do mar...

As jangadas ao longe,
pingos brancos na imensidão azul
as águas!
ondas espumantes,
as jangadas distantes.

Hoje ausente,
presente,
na minha mente
reminiscência infinda
ainda.

Praia do Pina,
menina!

lembrança
onde fui criança!...

domingo, 17 de outubro de 2010

SEM SENTIDO

Carlos Celso-CARCEL (17/outubro/2010)


Me apego ao passado como fuga
de um presente que só me dá desgosto
e assim vão ficando no meu rosto
cicatrizes da vida em cada ruga.

De um futuro sem ter perspectiva
com a vida que levo nada espero
já nem mesmo eu sei mais o que quero
meus momentos são sem alternativa.

Lentamente eu vou cambaleando
nos espaços em que vou me encontrando
como se fosse um pássaro ferido.

Que em busca de ajuda e guarida
tenta ser resistente à própria vida
que parece já não ter mais sentido.

sábado, 16 de outubro de 2010

FRACASSO

Carlos Celso-CARCEL (16/outubro/2010)


Na mente abundância de lembranças
nos olhos a imagem refletida
de sonhos que se foram pela vida
deixando um vazio de esperanças.

No rosto, fisionomia séria
um riso as vezes, misto ao sofrer,
o medo, transparente, de viver
na triste companhia da miséria.

Assim é a realidade dele
um homem que lutara como aquele
é hoje reprimido, já cansado.

Sozinho na imensidão do mundo
um triste, sem família, moribundo
por sua própria vida humilhado.

domingo, 10 de outubro de 2010

M A L D A D E

Carlos Celso-CARCEL (09/outubro/2010)

Gostar pouco de mim, mais de você
configura autêntico egoismo
toda minha esperança em pessimismo
você logo transforma e não vê.

Desprovida de sensibilidade
me humilhas e jogas-me ao chão
dilaceras de vez meu coração
exercendo esse ato de maldade.

Sou um ser que careço de carinho
entre tantos não posso ser sozinho,
a perdí, e agora, o que faço?

Nessa vida já não encontro rumo
me quebrando aos poucos eu presumo
que já sou quase um monte de bagaço.

O TEMPO MATA O AMOR

Carlos Celso-CARCEL (08/outubro/2010)

O amor é como a planta
é preciso cultivar,
não penses que é navegar
na bela nau que te encanta.

O amor é sentimento
que germina no teu ego
te faz, de feliz, ser cego
também te dá sofrimento.

Por amor, se rir, se chora,
ao chegar, ao ir embora,
ele dá prazer ou dor.

Dizem que o amor permanece;
não sei! as vezes se esquece,
e o tempo mata o amor.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

CASA DO NADA

Carlos Celso-CARCEL (02/outubro/2010)


A gente constrói castelos
com rica imaginação
e na grande pretensão
todos e tudo são belos.

Mas a vida é enganosa
não são todas! mas um dia,
com enorme euforia
vemos a mulher formosa.

Nos aproximamos dela
pretendendo com aquela
ter uma vida regada.

Porém quando a gente erra
a nossa vida se encerra
em uma casa do nada.

R I C O

Carlos Celso-CARCEL (02/outubro/2010)

Não sei se é por não ter
que penso desta maneira
sempre achei que é besteira
pensar em enriquecer.

Dinheiro só dá prazer
mas não dá felicidade!
nos engana de verdade
sem a gente perceber.

Isto é fácil de ver
mesmo longe de fuxico
que quem tem pompa de rico
vive de aparecer.

Devia nunca morrer
mas dinheiro não dá vida;
riqueza bem sucedida
é a Deus enaltecer.


(salvo melhor juizo; este é o meu)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

AMANHÃ EU VOU VOTAR

Carlos Celso-CARCEL (02/outubro/2010)


Infelizmente terei
que ir votar amanhã
não escolhí qual a clã
pois qual a pior não sei.

Amanhã todos são bons
a maldade se esconde
não vai existir aonde
escutemos outros sons.

É só o som de bondade,
competência, honestidade
numa verdadeira guerra.

Votar é um dever cívico
pra grandeza do político
depois a gente se ferra.

COISAS DO ALÉM

Carlos Celso-CARCEL (03/outubro/2010)


Quem sabe? seja do além
essa atitude que tenho!
podes crer, eu me empenho
em não imitar ninguém.

Sempre fui um ser simplório
em tudo que digo ou penso
nunca desejo o imenso
mas admiro o notório.

Essas fantasias vãs
foge dos meus amanhãs,
eu sei que sou diferente!

Que me chamem de fantasma
se minha atitude pasma,
mas... saiba, sou bem consciente.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

FERMENTO

Carlos Celso-CARCEL (20/setembro/2010)

Quando se fala em fermento
lembra-se logo de pão
mas não é só isso, não,
que ele faz a contento.

Além do pão tem o bolo
que muito a todos agrada
e também prega cilada
para derrubar um tolo.

Eu, porém, penso ao contrário
num fermento, imaginário,
que mexe com a emoção.

Num sujeito apaixonado
esse fermento danado
faz inchar o coração.

ESMAGADO

Carlos Celso-CARCEL (21/setembro/2010)

Amar alguém com tanta intensidade
e ser por este alguém abandonado
deixa em pedaços, até esmagado
um coração isento de maldade.

Já esmagado ele se reprime
das esperanças que podia ter
mergulhado no oceano do sofrer
e no silêncio sua dor exprime.

A expressão silenciosa em dor
faz que ele perca a crença nno amor
só o vilão que lhe judia existe.

Quanta maldade esmagar um peito,
abominável é esse preceito,
só em falar a gente fica triste.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ILUSÃO

Carlos Celso-CARCEL (20/SETEMBRO/2010)

Ilusão é pensar no impossível,
isto só não há pra Deus;
é querer ultrapassar limites seus,
é querer imaginar ser invencível.

Pensar, querer e buscar ter
são princípios naturais, como negar?
porém é necessário assimilar
que não há perfeição em nenhum ser.

Pensemos, com cautela desejemos,
com euforia branda até busquemos,
mas prepara pra não ter decepção.

Nem tudo que queremos conseguimos,
os retrocessos nós mesmos sentimos,
reagir a tudo isto é ilusão.

EU, HEM, ROSA?

Carlos Celso-CARCEL (19/setembro/2010)

Sempre há uma mais formosa
entre mulheres bonitas,
também há as esquisitas,
me desculpem! eu, hem, Rosa?

Há aquela gloriosa
que já ostentou troféu
porém debaixo do véu
ela é feia! eu, hem, Rosa?

Mas toda ela é prosa,
e para mostrar beleza
faz de tudo, eu, hem, Rosa?

Mesmo assim na minha glosa
só elogio, com certeza
mesmo sem ver! eu, hem, Rosa?

O AMOR É PRECISO?

Carlos Celso-CARCEL (19/setembro/2010)

Não sei se há precisão
no sentimento de alguém
só sei dizer que faz bem
o amor ao coração.

Porém existe momentos
que o amor também judia
em seu lugar nostalgia
muda os nossos sentimentos.

Eu já amei pra valer
também já pude sofrer
e me sentí indeciso.

Por isto é que eu assunto
no meu ego e te pergunto:
será que o amor é preciso?

terça-feira, 21 de setembro de 2010

AGLAURE CORREA MARTINS (acróstico)

Homenagem à Poetisa Gall Marttins (João Pessoa-PB.
Por Carlos Celso-CARCEL (Pernambuco)

A natureza nos caprichos seus
Garbosidade usou para contigo
Lisonjeada nos encantos teus
Aprimorou aquilo que consigo
Utilizava pra tornar-te bela
Retratando em teu ser uma aquarela
Exuberante, viva, sem postigo.

Cabelos que te servem como véu
Orna teu rosto, o faz emoldurado,
Reluz com sutileza o tom dourado
Refletindo como estrelas, qual um céu;
Esses teus olhos lindos, cor de mel
A cintilar qual lume, extasiado.

Menina moça! teu rosto bonito
A te mostrar mulher com formosura
Rindo, teus lábios, derramam candura,
Teu corpo esbelto, verdadeiro, não é mito,
Insofismável é tua beleza
Nascestes do primor da natureza
Semente és pra geração futura.

JULENI ANDRADE (acróstico)

Homenagem à Poetisa Juleni Andrade (Rio de Janeiro)
Por Carlos Celso-CARCEL (Pernambuco)

Jasmins ou dálias, não importa a flor
Uma lembrança traz-me qualquer delas
Lírios ou cravos, rosas amarelas
Embasam um semblante sedutor
Na minha mente cujo esplendor
Imaculada te faz entre elas.

A juventude tua com candura
Nítidamente do teu ser emana
Despida do preceito que engana
Resolutiva aos dotes da natura
A se mostrar em pura formosura
Desvencilhando-se do que profana
Essa beleza que de tí fulgura.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

BRASIL, TU PODES!

Carlos Celso-CARCEL (08/setembro/2010)

Brasil, meu país enorme!
onde meu orgulho exerço?
tu és um imenso berço
onde ha muito tempo dorme
a justiça, a liberdade,
o direito que a lei fala,
pois ela mesma se cala
frente à desigualdade.

Brasil, meu país egrégio!
onde buscar meu progresso?
se no teu próprio congresso
só se busca privilégio;
dinheiro, poder e pompa,
tudo isto e algo mais;
são gigantes cabedais
que teu orçamento estrompa.

Brasil, meu país querido!
onde encontro meu direito?
as vezes sinto meu peito
como que está ferido,
são as marcas da maldade
a doer no coração
pela discriminação
na cruel disparidade.

Brasil, se assim tu és,
ouve o que agora te imploro!
permite usar o meu foro
para enfrentar o revés,
o revés do insensato
que se imagina rei,
não tem respeito à lei;
dá, Brasil, teu ultimato!

Brasil, de trabalhadores!
onde uns têm mais, outros menos;
faz que grandes e pequenos
tenham os mesmos valores;
tu podes, vai no plenário
valoriza quem merece,
com pulso forte enaltece
o teu fiel proletário!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

NUA

Carlos Celso-CARCEL (03/agosto/2010)

Na transparência dessa roupa fina
que te envolve, o pecado exulta,
vem aos meus olhos, me excita, insulta
através dos belos traços de menina.

Sinto hesitar a minha compostura
fragilizando-me, contemplo a tua tez
onde já sinto em tua timidez
meu desvairar pela agressão dessa candura.

Nessa miragem sinuosa do complexo,
oh! quanto é lindo o teu côncavo, o teu convexo
a misturar-se com a inocência tua.

O monumento de uma mulher bela
enfatizado nessa aquarela,
deixa-me atônito, vê-la, assim... nua.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

INOLVIDÁVEL

Carlos Celso-CARCEL (23/agosto/2010)

Despertei; era ainda madrugada!
perdí o sono, não dormí mais;
transitava em minha mente madrigais,
em cada tema, eras tu, a fada.

Cabelos negros que esvoaçavam,
olhos luzentes de uma cor castanha,
lábios robustos, sedução tamanha,
estrelas tua face iluminavam.

Tu não estavas, mas... assim te via;
um extase total me envolvia
que eu nem sei se me desvencilhou.

Ainda vejo-te a todo instante
a emanar beleza exuberante;
doce enlevo que em mim ficou.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

AMOR OCULTO

Carlos Celso-CARCEL (Pernambuco-10/agosto/2010)

Pactuamos por um tempo extenso
a inocência dela me excitava
ela dizia que não me amava
repudiando o meu amor imenso.

Saudosamente lembro do passado
Quando meus olhos a buscar os seus
já os achava procurando os meus
e no teu rosto um riso disfarçado.

A timidez, não sei! ou omissão
trancava a porta do teu coração
e não deixava o amor transitar.

Mas a amei deveras, com ternura,
ela, também, repleta de candura
no seu silêncio pode me amar.

UTOPIA

Carlos Celso-CARCEL (Pernambuco-09/agosto/2010)

O pensamento ajardinava minha mente;
exuberantes flutuavam flores,
tons fascinantes, suaves odores,
um colibrí a beijá-las veemente.

Era suspenso, segurado ao nada;
um belo panorama que pairava
sobre a imaginação que eu criava
extático na beleza impregnada.

Mesmo acordado, este sonho intenso
fez florescer em mim e hoje penso,
ah! se não fosse tudo imaginário...

Dessa jardinagem inaudita
eu colheria a flor mais bonita
para te dar no teu aniversário.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

FESTEJOS DE SÃO JOÃO

Carlos Celso-CARCEL

Uma fogueira alumia
o terreiro enfeitado
onde um povo animado
estravasa alegria.

Um sanfoneiro tocando
seu instrumento dedilha
para marcar a quadrilha
que o povo está dançando.

Fogos estouram no ar
para mais embelezar
o panorama celeste.

Tem bem mais animação
nos festejos de São João
que a gente faz no nordeste.


(23 de junho de 2010)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

CARLOS CELSO UCHOA CAVALCANTE - (Meu Acróstico)

Caminhei por estradas muito extensas
A buscar a real felicidade
Repetí tantos atos de bondade
Liberdades eu tive tão propensas
Os acasos me deram tão imensas
Suas doses de oportunidade.

Crí na força divina, sobretudo
Exaltei o poder do Salvador,
Lí na bíblia que Cristo Redentor
Sobre nós derramou seu conteúdo
O poder infinito do amor.

Usufruí da vida as alegrias
Carreguei as tristezas sobre mim
Hoje vejo no passar dos meus dias
O florir de um imenso jardim
A mostrar-se cheio de fantasias.

Caminhando a8inda continúo
A procura do que não sei ainda
Vida longa de trajetória infinda
A vagar na imensidão flutúo
Longe d'agua, num vendaval, conclúo
Coisas belas estou a procurar
As andanças me farão encontrar
Na beleza que tanto procurei
Tudo que até hoje não achei
Em meus dias finais hei de achar.


(09/maio/2010)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

"MAS NUNCA DEIXEI DE CRER" - "NAQUELE QUE DÁ GUARIDA"

Mote/Glosas: Carlos Celso-CARCEL
(10 de maio de 2010)

Pelos preceitos de Deus
somos todos um rebanho
em um enorme tamanho
cada um com os erros seus
eu enumero os meus
pois tive muitos na vida
ser uma ovelha perdida,
admito, posso ser
"MAS NUNCA DEIXEI DE CRER
NAQUELE QUE DÁ GUARIDA"

Deus em primeiro lugar
na minha vida, na sua,
dentro de casa, na rua,
onde possamos estar
procure o mal afastar
livre-se da investida
porque de fronte erguida
muitas coisas pude ver
"MAS NUNCA DEIXEI DE CRER
NAQUELE QUE DÁ GUARIDA"

Evangelize o irmão
se divorcie do funesto
seja e prove que é honesto
fuja da corrupção
lute pela salvação
de maneira destemida
pelo pecado a ferida
eu sinto as vezes doer
"MAS NUNCA DEIXEI DE CRER
NAQUELE QUE DÁ GUARIDA"

sexta-feira, 30 de abril de 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

SERTÂNIA

(Acróstico)

Sertaneja sedutora
Exuberante menina
Risonha como criança
Terna e acolhedora
Âmago tens que fascina
Não posso me reprimir
Indo algum dia partir
A levarei na lembrança.

(Setembro/2003)

SERTÂNIA, MEU AMOR

Carlos Celso-CARCEL

Me fui mas aqui deixei meu ser,
minha matéria que vagueia às voltas
quer liberdade, quer viver às soltas,
eu quero o meu direito de viver.

Então, se amo a tí, porque negar?
o amor é lindo e é tão sublime,
pra mim isto seria como um crime
não ter amor por tí que é meu lugar.

Esta paixão que me bagunça o peito
me faz sentir por tí maior respeito
e defender-te onde quer que esteja.

Minha Sertânia tão sofrida e forte,
quero beijar-te quando um dia a morte
vir impedir esta paixão sobeja.

PRECE PRA MAMÃE

Carlos Celso-CARCEL

Quando menino, me recordo como ôntem
dos teus afagos e carinhos que ganhei.
Doce mamãe, fase mais linda desta vida.
Momentos ternos que jamais esquecerei.
Hoje, mamãe, teu filho já crescido
a contemplar tua beleza que é tanta,
pra tí, mamãe, não deixei de ser menino.
Pra mim, também, tú não deixastes de ser santa.

Vejo em teu rosto o semblante de Maria
que em um dia concebeu ao bom Jesús,
sobre essa tua cabecinha prateada
a divindade jogue sempre sua luz.
Ouve, mamãe, a prece deste filho teu
cheio de orgulho e no peito amor profundo;
Onipotente Deus do céu abençoai
minha mamãe e todas as mamães do mundo.

PÓS-VIDA À FAMÍLIA

Carlos Celso-CARCEL

Meu pai e minha mãe deram-me vida
e a viví de forma espontânea,
até que de maneira instantânea
veio um dia a eterna despedida.

Me fui, já sem vida nada sinto,
mas quando aqui estive lhes amei,
a extensão do amor por mim não sei,
porém, o que sentí foi absinto.

Esposa, filhos, netos que ficaram,
foram vocês que tanto sustentaram
meu coração transbordante de amor.

Tinha que ir-me, fui, já não existo,
quando em vida, já saudoso, escreví isto,
simples soneto que me foi consolador.

(19/junho/1995)

PRISCILA RAQUEL

(Acróstico)

Pequena Deusa do nosso paraíso
Rainha do amor sem monarquia
Inspiração que nos concede o riso
Sinceridade que dá alegria
Chama de vida fluorescente e pura
Imagem viva que traduz candura
Leveza de carinho que se murmura
Assim és tú, netinha, todo dia.

Riso infantil te faz feliz, altiva
Ainda és criança, mas quem dera
Quisera, Deus fazer definitiva
Uma atmosférica quimera
Essa pureza meiga e sorridente
Linda, netinha, seja eternamente.

ME ABANDONASTES

Carlos Celso-CARCEL

Fui para casa, triste, desolado;
jamais pensei viesse acontecer
em um momento belo abandonado,
pela mulher que amo, fosse ser;
eram palavras lindas que eu dizia
ou pelo menos eu tentei dizer,
mas ela poucas delas respondia.

Foi de repente, eu nem percebí,
inesperadamente ela saiu,
um simples adeus eu não ouví,
só mesmo pressentí que ela sumiu
sem dizer nada, sem dizer pra onde,
desde a hora em que ela partiu
minha tristeza de ninguém se esconde.

Porque fizestes isto? te pergunto
e mesmo não estando a me ouvir
farei, para que saibas, adjunto
meu desalento a este teu partir;
sumistes de maneira inesperada
sem me deixar um sonho de porvir
mas continúas sendo minha amada.

Qual um torpedo que a nau atinge
tua partida atingiu meu ego
que indefeso ao amor se restringe
quando dolente ao sofrer me apego
com esperanças que não seja tarde
ao devaneio aqui me entrego
com a ferida que no peito arde.

Mesmo que tombe, até desfaleça,
sei não é fácil apagar a chama
de um coração enfermo que padeça
em consequência de perder quem ama;
persistirei nesta vontade infinda
alimentando o que meu ser reclama
vê-la de novo, a voltar ainda.

Que tua volta seja espontânea
não vou querer de mim se compadeça
nem mesmo em atitude instantânea
assim prefiro que nem apareça
pois o amor que sinto deprimente
me faz querer, nem mesmo que eu faleça
somente o teu se for sinceramente.

Assim, meu grande amor, tua partida
inesperada sem dizer adeus
abriu também em mim esta ferida
que inflamou os sentimentos meus,
que me deixou à mercê do desdém
que me humilhou com os caprichos teus
por desejar que me ames também.

(14/julho/2007)

O AMOR QUE SINTO

Carlos Celso-CARCEL

Eu sei que te amar não é direito,
pois, teu amor já tem direito escrito,
porém, a badalar sinto no peito
o proclamar deste amor restrito.

Que faço eu? se não consigo impor
ao coração limites de esperança,
então, permito, sinta muito amor
e faça do sofrer uma bonança.

Acho, jamais terei o teu amplexo
mas não é isto que me trará complexo,
eu permaneço a te amar deveras.

Quisera proceder telepatia,
fazer que sintas, nem que seja um dia,
este amor que é puro e não quimeras.

NADIR

(Acróstico)

Nada me fará abdicar
A esperança que meu peito frui
Desejo sem bloqueios encontrar
Isto que meu coração instrui
Retê-la e para sempre te amar.

(12/junho/2007)

MARILDA

(Acróstico)

Moça bonita que nasceu nas Minas
Anjo cadente do céu para a terra
Resplandecência entre as meninas
Imagem cândida que a beleza encerra
Luzidio vindo de constelação
Dádiva viva que provoca guerra
Almejo de um carente coração.

(27/julho/2007)

DINNORAH PANIZET

(Acróstico)

Dádiva viva da natureza
Imagem de mulher, meiga, sublime
Nato semblante da real beleza
Néctar da flor que o amor exprime
Odoração de feminina essência
Racional poder da sedução
Aura suave cuja abrangência
Homogeneiza sua perfeição.

Perfil de uma candura singular
Autentica este encanto teu
Nada jamais virá a ofuscar
Isto de belo que a natura deu
Zéfiros hão de te soprar enfim
E a formosura tua conservar
Tu és, menina, tudo isto sim.

(11/julho/2007)

NOSTALGIA

Carlos Celso-CARCEL

Minha casa é uma casa modesta
numa vila onde há outras casas,
madrugada, escuto as asas
a baterem e os cantos em festa.

São as aves das casas vizinhas
que felizes despertam de novo,
eu não posso saber se o povo
passam horas assim como as minhas.

Acordado, sozinho, sem sono
eu me sinto em total abandono
pela noite a dentro até dia.

Pensamento firmado na vida
a lembrar-me da mulher querida
nesta plena e total nostalgia.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

QUAL UMA FLOR

Carlos Celso-CARCEL

Antes que se vá a primavera
contempla, rega, cultiva essas flores
te divorcia desses dissabores
faz que teu ego sinta que prospera.

As tantas flores, hoje, que teus olhos,
atapetando, vêem teu jardim
que seja dália, rosa ou jasmim
elas nasceram de sutís abrolhos.

Também camélias, cravos, lá nasceram
exuberantes, mesmo assim morreram,
nas primaveras já surgiram tantas!

Da natureza tú brotastes bela
és uma flor, também, mas não aquela
que a gente vê brotar entre as plantas.

(08/04/2010)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

UMA SAUDADE INCONTESTE

(Carlos Celso-CARCEL)

Refletindo no passado
lembro-me de coisas belas
convivências como aquelas
com amigos lado a lado
hoje já tudo mudado
hambientes e pessoas
delicio as coisas boas
cultivando na lembrança
o que pra mim foi bonança
tempo de festins e loas.

Criancinhas inocentes
brincávamos sem maldade
época que dá saudade
com posturas diferentes
mesmo já adolescentes
era mútuo o respeito
não se olhava defeito
como se faz hoje em dia
com visível alegria
tudo igual sem preconceito.

Mais tarde a maioridade
já nos leva a deveres
trabalho, escola, afazeres,
obrigações de verdade,
misturando à vaidade
a vida toma outro rumo
mas aqui farei resumo
dentro da reminiscência
do que ficou da vivência
e feliz lembrar costumo.

Recordo-me no primário
da colegagem traquina
alí no bairro do pina
do meu Recife lendário
grande grupo solidário
pois éramos muita gente
pequenina mas contente
onde décadas viví
lá estudei e crescí
hoje guardo em minha mente.

Já crescido, trabalhando
viajei pelo sertão
pois na minha profissão
lugares ia explorando
no meu estado adentrando
Pernambuco no nordeste
lugar de cabra da peste
como falou virgolino
essas coisas denomino
como saudade inconteste.

(24/fevereiro/2010)