terça-feira, 10 de julho de 2012

ESCAPISMO (Carlos Celso Uchôa Cavalcante-10/julho/2012)

ESCAPISMO

Carlos Celso Uchoa Cavalcante
(10/julho/2012)

Qual borboleta fraca, ofegante, presa às pedras que em mim atirastes, 
Contabilizo o quanto humilhastes e subtraio o desconfortante;
Momentos, de um passado humilhante, eu deixo aí onde ficastes,
Com as lembranças que de mim guardastes e abraço minha fuga itinerante.

Quantos degraus serão para galgar? Sei que são muitos, mas, desvencilhado,
De todas as amarras do passado, eu poderei tranquilo caminhar,
Não obstante, até mesmo voar, literalmente num desejo alçado,
Buscando o horizonte almejado, onde há felicidade a esperar.

Sinto nascer de novo no meu ego a força exuberante do desejo
Nos olhos novamente o lampejo desfaz a condição de quase cego
No mundo diferente a que me entrego florais aves cantantes, é o que vejo.

Livre das pedras que me machucaram alço meu voo onde quer que vá
Que o passado esteja onde está com os momentos rudes que ficaram
Enquanto sobre as flores que brotaram, livre e feliz paire o panapaná.

Nenhum comentário: