RELUTÂNCIA
(Carlos Celso Uchôa Cavalcante-11/fevereiro/2013)
A
vidraça da janela pelo orvalho marejada,
Em
silêncio a madrugada, desperto, lembro-me dela,
Imagino
a passarela na qual farei caminhada
A
vagar buscando nada do que a mente interpela.
Nesse
trajeto distante que já comecei fazer
Guiado
por meu sofrer sigo um caminho errante
Nada
mais é deslumbrante, já me sinto fenecer,
Na
loucura do querer poder vê-la insinuante.
Mas
esse desejo insano que judia do meu ego
É
o que me deixa cego e me faz um ser profano
Sem
enxergar o engano nem o mal ao qual me entrego.
Se
ela partiu, foi embora, para nunca mais voltar!
Então,
porque procurar? Algo que não mais aflora,
O
meu eu que sofre e chora é que tem que acostumar.
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