segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

RELUTÂNCIA (Carlos Celso Uchôa Cavalcante-11/fevereiro/2013)


RELUTÂNCIA

             (Carlos Celso Uchôa Cavalcante-11/fevereiro/2013)

A vidraça da janela pelo orvalho marejada,
Em silêncio a madrugada, desperto, lembro-me dela,
Imagino a passarela na qual farei caminhada
A vagar buscando nada do que a mente interpela.

Nesse trajeto distante que já comecei fazer
Guiado por meu sofrer sigo um caminho errante
Nada mais é deslumbrante, já me sinto fenecer,
Na loucura do querer poder vê-la insinuante.

Mas esse desejo insano que judia do meu ego
É o que me deixa cego e me faz um ser profano
Sem enxergar o engano nem o mal ao qual me entrego.

Se ela partiu, foi embora, para nunca mais voltar!
Então, porque procurar? Algo que não mais aflora,
O meu eu que sofre e chora é que tem que acostumar.


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