terça-feira, 15 de março de 2011

CISMA DA MORTE

Carlos Celso-CARCEL (15/março/2011)


Estou indo-me, não sei quando, mas estou;
já sinto uma mão puxar-me forte,
não sei! mas imagino seja a morte
aniquilando-me no pouco que restou!

Nasci, tive um espaço outorgado
com meu arbítrio, para fazer escolhas
tal como um pingo de orvalho sobre folhas
a enfrentar as intempéries do passado.

Eu vivi as fases diversificadas,
situações de amor ou profanadas
mas procurei no bem me inspirar.

Com meus decênios fui envelhecendo,
vi tantas coisas boas perecendo
e hoje sinto a morte me espreitar!

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