terça-feira, 29 de março de 2011

INFORTÚNIO

Carlos Celso-CARCEL (29/março/2011)


Cara lacada por tanto desgoto
mórbido semblante refém da mágoa
não sei se minha lágrima enxágua
as doloridas manchas do meu rosto.

Fui construtor de um castelo lindo
nesse castelo inserí amor
meu brio tentou ser imperador
mas a desdita destruiu sorrindo.

Tinha regato, água transparente
a passarada, num jardim, contente
um colorido imenso do floral.

Hoje não vejo nada que eu via
na minha incontida fantasia,
só vejo água suja, lamaçal.

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