Carlos Celso Uchoa Cavalcante
Uma hora já é, perdi o sono.
levantei-me da casa, vim pra sala;
no meu quarto o cheiro que exala
é do nada, o cheiro do abandono.
Quando ainda na cama, me virava
de um lado pra o outro, inquieto
a fitar as paredes e o teto
lá no ego, baixinho eu murmurava.
O seu nome, às vezes eu não sei
só que muitas, eu balbuciei
no momento insone que sozinho.
Levantei-me do meu leito a sofrer
e na sala vim me entorpecer
no efeito das doses de um vinho.
(dezembro/2004)
Um comentário:
Belíssimo soneto, poeta!
Adorei!
Beijos.
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