domingo, 17 de outubro de 2010

SEM SENTIDO

Carlos Celso-CARCEL (17/outubro/2010)


Me apego ao passado como fuga
de um presente que só me dá desgosto
e assim vão ficando no meu rosto
cicatrizes da vida em cada ruga.

De um futuro sem ter perspectiva
com a vida que levo nada espero
já nem mesmo eu sei mais o que quero
meus momentos são sem alternativa.

Lentamente eu vou cambaleando
nos espaços em que vou me encontrando
como se fosse um pássaro ferido.

Que em busca de ajuda e guarida
tenta ser resistente à própria vida
que parece já não ter mais sentido.

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