terça-feira, 21 de junho de 2011

REPULSA

Carlos Celso Uchôa Cavalcante (21/junho/2011)

Nas entranhas do tempo me envolví
a buscar os momentos que viví
mas o nada estava à minha espera;

Quimera!...

Encontrei os formatos imperfeitos,
aniquilados os meus fiéis preceitos,
vulgar monstro sem elucidação

Então!

No sarcasmo do mundo fui parido
novamente,
aos abutres da vil sociedade
atirado eu fui sem piedade

Insolente!

É o cruel chacal do dia-a-dia
ladrão da minha doce fantasia
da esperança e da alegria
de ver um mundo, tal qual era, lindo
sorrindo
onde crianças, adultos, anciãos
pudessem novamente dar as mãos
mas, não!...
infelizmente, não!
está em voga
a droga!
sem nexo
a prática anômala do sexo;
os vícios!
propícios
à decadência da educação
oh...
não!
cala-te boca,
não resolves;
assim, cada vez mais absorves
ao ego, à alma, ao espírito.

Maldiiitooo!

quero gritar o mais alto que possa
da imundície dessa fossa,
desse amontoado de excremento
imundo
ao mundo
mas...
para que?
porque?...
não tem a quem reclamar!...
ver
ouvir
calar!
mas não aceitar,
apenas pelas lágrimas do rosto
imerso nesse poço de desgosto
calado,
humilhado,
repudiar,
repudiar,
repudiar!...

Um comentário:

Marli Puglielli disse...

que lindo...você pode colocar em seu poema tudo que todos nós estamos engasgados...o triste é saber que talvez não ha esperança, e temos que fazer a nossa parte,mas sem poder contar com a justiça porque ela se faz de sega e lenta...uma abraço e um beijo em sua alma de poeta