quinta-feira, 15 de abril de 2010

PÓS-VIDA À FAMÍLIA

Carlos Celso-CARCEL

Meu pai e minha mãe deram-me vida
e a viví de forma espontânea,
até que de maneira instantânea
veio um dia a eterna despedida.

Me fui, já sem vida nada sinto,
mas quando aqui estive lhes amei,
a extensão do amor por mim não sei,
porém, o que sentí foi absinto.

Esposa, filhos, netos que ficaram,
foram vocês que tanto sustentaram
meu coração transbordante de amor.

Tinha que ir-me, fui, já não existo,
quando em vida, já saudoso, escreví isto,
simples soneto que me foi consolador.

(19/junho/1995)

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