quarta-feira, 25 de novembro de 2009

REMINISCÊNCIA

(Carlos Celso-CARCEL)

Depois de velho, mas não muito idoso,
ultrapassando um pouco os cinquenta
agora, no entanto, já saudoso
dos dez, dos vinte, trinta, dos quarenta,
porém, um grande amor que alimenta
meu coração cansado, envelhecido,
é tudo que me deixa convencido
que amar você só foi maravilhoso.

Lembro-me agora de viva memória,
um dia claro, já era tardinha,
alí tinha início nossa estória,
você tão linda, era uma vizinha
que atingiu de cheio a alma minha
quando nos vimos nos quintais das casas
meu olhos cintilaram como brasas
e por você a Deus pedí vitória.

Você fugiu de mim, te procurei
porque já te amava desde então;
por insistir demais te encontrei,
assim vitalizei meu coração
que transbordante de tanta paixão
te abrigou no fundo com carinho
e nós, os dois, fizemos nosso ninho
que entre erros e acertos conservei.

Hoje depois de tantos anos idos,
depois de ultrapassarmos empecilhos,
do nosso amor nós vemos já crescidos
os frutos à quem nós chamamos filhos,
o nosso trem jamais saiu dos trilhos,
a nossa vida a dois é uma viagem
em que o amor fizemos de bagagem
e os bons momentos jamais esquecidos.

Te agradeço, amor, por ser precisa
por existires, por ter te encontrado;
tal qual a flor necessita da brisa,
também preciso de você ao lado;
meu coração por tí foi resgatado,
me fiz teu súdito, Maria Luiza
eu serei sempre teu sacerdotado,
sempre serás minha sacerdotisa.

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