quarta-feira, 25 de novembro de 2009

(Carlos Celso-CARCEL)


Quatro paredes, o teto, o solo frio e eu;
o silêncio que conforta ou que até martiriza.
da porta por suas frestas sinto o sopro da brisa
de fora ouço corrente a água, chove ou choveu.

E aqui no meu refúgio é imensa a solidão,
vejo luzes no seu teto a iluminar e aquecer;
sei que está claro, está quente, mas pareço nada ver,
na verdade sinto frio e só vejo escuridão.

Só imagino quão belo é o universo da vida
e dele quão distante fica a pessoa perdida
a flutuar nessa névoa como fosse o próprio pó.

Porém é como se fosse, porque é gente, é ser
ausente desse universo, mergulhado no sofrer;
é alguém abandonado, sem ninguém, um ímpar, só.

Nenhum comentário: