terça-feira, 8 de setembro de 2009

GRATIDÃO

(Carlos Celso-CARCEL)


Sei que no mundo só não poderia
jamais um dia vir a ser alguém
se não é tú, mamãe, que com afeto
em um momento rude, inquieto,
me desse a luz, não seria ninguém.

De um amor que não posso julgar
harmonioso ou contraditório
entre papai e tú mamãe querida
foi-me outorgado o direito à vida
em um momento que se fez notório.

Da inocência nada recordamos,
mas, em palestra íntima ouvimos
os comentários das carícias ternas
e dos embalos pelas mãos maternas
e um prazer sincero então sentimos.

Passam-se dias e eu vou crescendo,
na adultivez floresce em minha mente
que às vezes tú, sem ira, exemplavas
que à escola com carinho mandavas
em minha época de adolescente.

Hoje, depois de tantos anos idos
e já adulto, homem como estou,
lembro-me sempre que sem tua ajuda
à minha vida, não teria muda,
devo a tí, enfim, tudo que sou.

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