sexta-feira, 25 de setembro de 2009

LACUNA

(Carlos Celso-CARCEL)


Todo dia acordo no meu leito
escutando o relógio despertar
já é hora então de levantar
para usufruir do meu direito
pegar ônibus, trem ou caminhão
não importa qual seja a condução
importante é que eu vou trabalhar.

Deixo em casa feliz minha família
a cuidar da casinha e dos teréns
são pouquinhos demais os nossos bens
mas de que serviria a mobília
se emprego e salário eu não tivesse
e manter minha gente eu não podesse
a mercê nesse mundo de desdéns.

Muito há por aí desempregado
a vagar procurando um emprego
tantos "não que recebe" seu sossego
é tirado e lhe deixa humilhado
sai bem cedo até sem alimento
a família, coitada, sem sustento
sem comer, sem beber, sem aconchego.

O coitazdo deixa a família em casa
muito aquém dessa tal felicidade
convivendo com a má realidade
infortúnio que o desemprego embasa
quando alguns vive em plena mordomia
personagens da grande anarquia
que não têm à lei fidelidade.

É bem clara em seus termos a "lei madre"
ao fazer referência ao direito
e no que se legisla pra ser feito
não é camaradagem de compadre
entre outros, trabalho e moradia
pra ter teto e comida todo dia
isto é outorgado ao sujeito.

O sujeito que falo é o cidadão
ser humano igual a qualquer um
que a ele devia ser comum
o tratamento da "constituição"
mas os tais que à "lei" não têm respeito
fazem tudo que querem a seu jeito
sem pensar no "legal" momento algum.

Nossa lei só existe no papel
infeliz de quem pretender cumprí-la
essa pobre pessoa vão puní-la
pois é como existir papai noel
esses caras-de-pau de que falei
entre eles estão quem faz a lei
e também se encarregam de omití-la.

Lametável é a realidade
que só cego não vê e acredita
seduzidos por palavra bonita
na mentira que usam por verdade
personagens cabais da hipocrisia
isto é o que são na "dinastia"
de vilão, mercenário, parasita.

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