sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O ABORTO

(Carlos Celso-CARCEL)


Segurei tuas mãos trêmulas, frias,
te puxei contra o corpo com carinho,
escutei murmurares bem baixinho,
porém, não entendí o que dizias.

Tua voz vagarosa se calou,
o teu corpo tombou, desfaleceu.
no instante pensei: ela morreu...
mas o meu pensamento me enganou.

Não morrias, porém, perdias vida
que no teu ventre quente embebida
tú geravas em nome do amor.

Desse amor o seu fruto estava morto,
infortúnio causara esse aborto,
mas tú vives, supera o dissabor.

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