terça-feira, 15 de setembro de 2009

MEU PAI, QUE NUNCA TIVE

(Carlos Celso-CARCEL)


Trabalhei cedo, logo aos doze anos;
não por querer, mas por necessidade.
não é comum um jovem nessa idade
ser na família a razão dos planos.

Meu pai morrera, ignoro a causa
que à família sua, também minha
tenha deixado herança mesquinha
do desamparo e sofrer sem pausa.

Hoje, depois de tantos anos idos,
os que pequenos eram, são crescidos
e a família toda sobrevive.

Se não a Deus, a quem agradecer?
pela felicidade de viver
e ser meu mesmo o pai que nunca tive.

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